O que é Goal-Based Investing?

Qual seu objetivo ao investir? Muita gente vai responder simplesmente “ficar rico”. Mas o conceito de riqueza é vago e variável. O que pode ser riqueza pra mim, pode ser pouco para você. Essa abstração dificulta para muitas pessoas a relação com o investimento, há quem precise de objetivos factíveis e claros. E, para isso, existe uma forma bem direta de pensar nos investimentos: Goal-Based Investing.
O “Investimento Por Objetivo”, em tradução livre, é uma forma de investir onde a alocação é definida de acordo com os objetivos pessoais. Não conhece? Pois bem, trataremos dele hoje. Neste texto você encontrará os seguintes tópicos:
- Por que você investe?
- Goal-Based Investing: o que é?
- Trabalho facilitado
Boa leitura!
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Por que você investe?
Essa foi a pergunta que abriu o texto de hoje. Qual o motivo de seus investimentos? Pergunta pessoal e que não tem certo nem errado como resposta. Entretanto, o objetivo de muitos é claramente enriquecer. Para isso, focam exclusivamente na rentabilidade. A busca por uma rentabilidade maior a cada mês.
Este é o modo mais comum de se investir, principalmente aqui no Brasil. Dessa maneira, a alocação dos ativos tem como base o perfil do investidor e a busca por essa rentabilidade crescente. É o que vemos no dia a dia.
Porém, existe outra maneira de lidar com o patrimônio investido. Crescente nos Estados Unidos, ela ainda não tem grande força aqui no Brasil, mas pode ser uma alternativa para te ajudar a preparar, acompanhar e designar seus investimentos. É o Goal-Based Investing.
Goal Based Investing: o que é?
Pela tradução livre, o Goal-Based Investing significa investir por objetivos. E essa tradução pode ser levada adiante. Com essa filosofia, o investidor faz a gestão de seus recursos com base em metas e objetivos pessoais ou familiares. Assim, a ideia é permitir que se tenha uma visão clara dos investimentos, que serão sempre ligados a conquistas.
Isso não quer dizer que a rentabilidade não fará sentido, ela continuará sendo importante. Mas ela não será a primeira coisa a ser observada na montagem do portfólio. A filosofia indica que o investidor deverá se preocupar em como montar a carteira que fará atingir determinado objetivo. Assim, a pergunta deixar de ser:
“Qual ativo vai render mais no próximo ano?”
E passa a ser:
“Quais ativos me ajudarão a atingir esse objetivo de maneira mais tranquila?”
Dessa forma, dentro esses objetivos, podemos colocar a compra de uma casa, a troca do carro, uma viagem, a aposentadoria, o acúmulo do primeiro milhão. É pessoal e livre. Cada objetivo recebe uma carteira específica de acordo com as condições básicas de:
– Montante necessário
– Tempo
– Liquidez necessária
– Risco permitido.
Diante disso, com essas informações, já deu para perceber que alguns critérios precisam ficar bem claros, não é? É preciso separar objetivos de curto, médio e longo prazo. Com isso, podemos entender melhor as classes de ativos que poderão se encaixar em cada um dos objetivos. E aí você saberá o quão perto está de realizá-los. Além de ter ciência do caminho que deve percorrer até lá.
Trabalho facilitado
Gosto bastante do GBI porque ele ajuda a driblar algumas pegadinhas de nosso cérebro. Ele costuma nos pregar peças para que evitemos sair da zona de conforto. Não é fácil para todo mundo manter a regularidade nos investimentos se não há um objetivo definido. Perde-se de vista o momento de aproveitar o que todo o sacrifício vai proporcionar. E terminamos deixando as coisas pelo meio do caminho.
Ao separar os investimentos por objetivos, vemos claramente o que estamos fazendo por eles e temos a noção de quando virá a parte “boa”. A construção e o acompanhamento da carteira se tornam mais tranquilos. Com os investimentos atrelados à realização de cada objetivo, você sabe por que está se esforçando para poupar aquele dinheiro e quando vai poder ter a “bonificação” por aquele esforço. Além de ter claramente a distância que o separa de cada realização.
Nesse sentindo, o trabalho fica mais tranquilo. Acredito ser uma forma do investidor comum não se perder na montagem da carteira, entender o que faz com cada classe de ativo e evitar ser enganado pelo próprio cérebro.
Investir através do Goal-Based Investing não é o convencional, mas pode ser um grande aliado para o seu futuro.

Jornalista e investidor
Trabalha com educação e planejamento financeiro. Possui certificação em Gestão de Finanças Pessoais e atua no mercado financeiro brasileiro há cinco anos.

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