Fintechs apostam em aquisições de outras techs do mercado

Nos últimos anos, as empresas techs brasileiras têm se destacado, tanto em relação à concorrência quanto em crescimento e expansão de produtos e serviços.
Não é por acaso que hoje os consumidores precisam pesquisar qual é o melhor banco digital.Isso ocorre em razão das diversas opções de marcas, produtos e serviços disponíveis.
Até novembro de 2021 haviam sido realizados 227 acordos de aquisição e fusão no Brasil, sendo que a maioria deles envolvia empresas do segmento de serviços financeiros. Para você ter uma ideia, do total de negociações, 21,5% envolveram fintechs, um total de 49 transações.
No artigo de hoje vamos entender um pouco mais sobre esse movimento no mercado brasileiro.
- Principais fusões e aquisições de 2021
- Investimentos cross-border
- Perspectivas para 2022
Boa leitura!
Principais fusões e aquisições de techs em 2021
O ecossistema de inovação brasileiro está aquecido e isso é claramente observado por meio das negociações recentes realizadas no mercado. A plataforma SaaS Omie, por exemplo, adquiriu o banco digital Liniker por R$ 120 milhões.
Em dezembro, o EBANX — empresa de pagamentos que conecta consumidores a empresas globais —, que já era dona da LABS, anunciou a aquisição da Remessa Online por US$ 229 milhões, ou seja, R$ 1,2 bilhão.
Outro movimento que impactou fortemente o mercado foi o de abertura de capital na bolsa de valores. Além disso, a possibilidade de expansão e realização de IPO fora do Brasil.
Em dezembro, o Nubank chegou à NYSE (Bolsa de Valores de Nova York) e a perspectiva é que outras fintechs brasileiras adotem o mesmo movimento ao longo de 2022.
Investimentos cross-border
Quando se fala em investimentos internacionais e um mercado de fintechs, não podemos deixar de mencionar o crescimento nas fusões e aquisições de fintechs entre países, também conhecido como cross-border.
De acordo com a Retivit, de janeiro a outubro de 2021 esse tipo de negociação cresceu 98% em todo o mundo se comparado com o mesmo período de 2020. Especificamente no Brasil, os investimentos em cross-border alcançaram um patamar de 30% das transações.
A expressão cross-border, que pode ser traduzida livremente como “comércio transfronteiriço”, é uma tendência que reflete negociações que ultrapassam fronteiras.
Nesse sentido, observando os mercados nacionais e internacionais, percebe-se que o crescimento desse tipo de negócio é um ponto relevante na expansão das fintechs brasileiras.
Ainda mais, muitas fintechs encontraram no cross-border a possibilidade de garantir o crescimento por meio da aquisição de empresas menores.
Com recursos financeiros em caixa e a necessidade de manter a relevância no mercado, a aquisição de outras techs, até mesmo localizadas em outros territórios, ajuda a ampliar a área de atuação, fortalecer o negócio e contribuir para o desenvolvimento de uma forma geral.
Até mesmo empresas de grande porte e fintechs com maior relevância têm usado estratégias desse tipo. Além disso, combinando negócios envolvendo fusão e aquisição como forma de crescer de forma mais rápida e orgânica.
Se em 2021 tanto startups quanto fintechs focaram suas estratégias em expansão de mercado e na compra e fusão com outros negócios. Sendo assim, a perspectiva é que o momento continue, devido a uma perspectiva de cenário aquecido e uma visão de mercado focada em desenvolvimento.
Nesse sentido, para manter a relevância no mercado, essas empresas devem estabelecer uma estratégia que leve em consideração não apenas a capacidade do negócio, mas também as oportunidades que se apresentam dentro de seu setor.
No caso das fintechs, investir em fusões e aquisições de outras techs é sinônimo de acesso ao conhecimento, inovação, tecnologias, experiências e novos talentos.
Perspectivas para as techs em 2022
Todo esse movimento de aquisição e fusão entre as fintechs marcou o ano de 2021 e deve seguir uma crescente no decorrer de 2022.
A razão pela qual as fintechs investem em aquisições ou fusões de outras techs pode não ser necessariamente a expansão do mercado. No entanto, podem buscar acesso a novas tecnologias, o aumento de sua avaliação de valor no mercado e até mesmo o interesse de alcançar novos talentos e marcas.
Por outro lado, quem opta pela venda de uma startup geralmente tem como principal motivação a possibilidade de sobrevivência do negócio e, naturalmente, o interesse nos ganhos financeiros que ela proporciona.
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