Apesar de vender “sem cliente em loja”, lojas físicas da Magazine Luiza devem crescer em 2021

São Paulo, 10 de novembro – A Magazine Luiza, negociada na bolsa pelo código MGLU3, deve continuar o plano de expansão de lojas físicas no ano que vem, em uma aposta de que os lojistas terceirizados devam registrar crescimento maior nas vendas do que o e-commerce tradicional, disseram executivos nesta terça-feira. Eles reforçaram que o objetivo da empresa é compartilhar um ecossistema digital para pequenos e médios varejistas.
Durante teleconferência com analistas por conta da divulgação dos resultados do terceiro trimestre, o diretor-presidente da companhia, Frederico Trajano, sem dar muitos detalhes, também disse que a empresa ganhou muito participação de mercado no online, demonstrando que as pessoas estão migrando das compras em lojas para as compras remotas no longo prazo.
No curto prazo, eles destacam, que a reabertura da economia deve dar um impulso ao segmento presencial. As varejistas tiveram um destaque especial durante o auge da pandemia da Covid-19, principalmente a Magazine Luiza, impulsionado pelo confinamento das pessoas, fazendo com o que a empresa “aprendesse a vender sem o cliente estar na loja”, disse Trajano.
Lucro líquido ajustado da Magazine Luiza sobe 70%
A maior varejista de eletroeletrônicos brasileiros por receita registrou lucro líquido ajustado de R$215,9 milhões no trimestre passado, alta de 69,6% na base anual e acima do consenso de R$98,3 milhões. O lucro líquido, por sua vez, foi de R$206 milhões, queda de 12,4%. A receita líquida ficou em R$8,31 bilhões, alta de 70,8% na base anual e acima do consenso de R$7,21 bilhões.
O EBITDA ajustado, medida de lucro operacional que exclui juros, impostos, depreciação, amortização e outros itens, subiu 41%, a R$561,2 milhões. O consenso esperava algo perto dos R$400 milhões.
Desempenho da Magazine Luiza (MGLU3)

Texto: Leandro Tavares
Edição: Guillermo Parra-Bernal e Letícia Matsuura
Imagem: Nathália Reiter/TC

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