BTG vê prudência em plano estratégico da Petrobras (PETR4) e mantém recomendação de compra

São Paulo, 1 de dezembro – A Petrobras, código PETR4, apresentou mais detalhes sobre o plano estratégico para os próximos cinco anos, que caminha lado a lado com uma transformação cultural da empresa. Levando em consideração o novo plano da Petrobras e o risco político nesta transição, o BTG vê os múltiplos das ações na B3 e em Nova Iorque como “um pouco exigente”, embora mais palatável.
Os analistas Thiago Duarte, Daniel Guardiola e Pedro Soares, do BTG, veem também um rendimento de fluxo de caixa em US$9,4 bilhões e US$11 bilhões em 2021 e 2022, respectivamente, implicando rendimentos de 16% e 18%. Um rendimento de dividendos de dois dígitos sugere que a Petrobras “ainda tem um longo caminho a percorrer para estreitar a lacuna de avaliação ante os pares”, disseram.
Eles elevaram o preço da ADR, recibo de ações negociado nos Estados Unidos, preferencial da Petrobras para US$13,00, bem como a ação preferencial na B3, para R$34,00, mantendo recomendação de compra para ambos.
Novo plano estratégico engloba ESG, dividendos e desalavancagem
O plano estratégico da estatal, divulgado na semana passada, quer garantir maior compromisso com o ESG, dividendos mais altos e desalavancagem mais forte, além do uso das métricas do EVA, valor agregado, como parte das metas de 2021, disseram os analistas.
A mudança para uma cultura mais “enxuta”, com metas de crescimento de produção sacrificadas, visando um critério de alocação de capital ainda mais criterioso, é vista como “prudente” pelos analistas do banco.
A Petrobras reportou que espera arrecadar de US$25 a US$35 bilhões até 2025, o que seria suficiente para financiar quase metade do plano de investimentos, o que incluiria a venda de 8 de suas 13 refinarias e participação na Braskem e BRDT, por exemplo.
Desempenho das ações da Petrobras (PETR4)

Texto: Melina Flynn
Edição: Letícia Matsuura
Imagem: TC Mover

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