Méliuz (CASH3) entra em leilão e dispara após BTG Pactual recomendar compra do papel

São Paulo, 14 de dezembro – A ação ordinária da Méliuz, CASH3, engatava seu terceiro dia de alta consecutivo, com disparada de 13,36%, negociada a R$14,09, perto das 11h20, após analistas do BTG Pactual iniciarem cobertura do papel com recomendação de compra e argumentando que pode se tornar um alvo de aquisição no médio prazo. Antes de entrar em leilão, a ação já subia 8%.
Em relatório, a equipe liderada por Eduardo Rosman estabeleceu preço-alvo para o papel em R$18,00 em até 12 meses. Para Rosman, Méliuz é uma empresa pioneira em plataformas de cashback com um ótimo índice de fidelidade em um setor que, como o marketing de afiliação de clientes, tem se tornado uma indústria de bilhões de dólares.
Os executivos da Méliuz têm grande conhecimento na área, senso de empreendedorismo para expandir o negócio, um time de tecnologia altamente capaz e uma cultura sólida, aponta Rosman.
De acordo com o relatório, a Méliuz, que foi listada na bolsa pouco mais de um mês atrás, deve ser possível alvo de aquisição por uma instituição financeira digital que busque aumentar sua oferta de produtos, diversificar suas receitas, crescer sua base no e-commerce e melhorar a experiência do consumidor por meio de uma plataforma de cashback.
A concorrência crescente no setor pode impactar a matriz de receitas da Méliuz, dependente de apenas três grandes clientes, na esteira dos movimentos de bancos digitais de mantar suas próprias plataformas de cashback.
O papel negocia atualmente ao redor dos R$14,09, acima do preço da oferta pública inicial, de R$10,00. A concentração grande de receita em apenas três empresas pode se tornar um problema, de acordo com Rosman, pois a Méliuz pode perder o poder de barganha com seus principais parceiros. A empresa opera em três canais principais: aplicativos, sites e suas extensões.
Desempenho das ações da Méliuz (CASH3)
Texto: Bruno Luiz
Edição: Guillermo Parra-Bernal e Letícia Matsuura
Imagem: TC Mover

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