Méliuz (CASH3) leva setor de cashback à bolsa após vender ações a R$10 em IPO

São Paulo, 04 de novembro – A empresa de cashback Méliuz vai estrear no mercado aberto com o código CASH3 nesta quinta-feira, 05, às 9h45. A oferta pública inicial, IPO, foi precificada a R$10, o piso da faixa indicativa, que chegava a R$12,50.
A Méliuz será a 157ª empresa listada no Novo Mercado da B3. O processo de listagem foi coordenado pelos bancos BTG Pactual, Bradesco BBI e Itaú BBA e pela corretora XP Investimentos. A cerimônia de toque de campainha, que simboliza o início da negociação na bolsa brasileira, será transmitida pelo canal de TV digital e pelo Youtube oficial da B3.
Méliuz (CASH3) levanta R$661 milhões antes da estreia na B3
Com ofertas primária e secundária, a Méliuz levantou R$661 milhões, dos quais R$366,99 milhões serão destinados ao caixa da empresa. O restante, a oferta secundária, irá para os acionistas vendedores.
Um longo caminho até o IPO
O IPO marca a entrada da empresa na Bolsa de Valores. Após a venda em oferta pública, os papéis da empresa passam a ser negociados no pregão da bolsa pelos acionistas compradores. Os IPOs podem ser primários, quando a venda é de novas ações e capitalização da empresa, ou secundários, quando os sócios da companhia vendem ações já existentes.
Quando a empresa abre o capital na bolsa, os donos precisam dividir as decisões e prestar contas aos demais acionistas, que passam a ter representantes no Conselho e participam das assembleias. A empresa precisa também fornecer informações periódicas para o mercado, como seu desempenho e como será usado o dinheiro captado. Ela se compromete a divulgar todos os fatos relevantes que envolvem o negócio ou a gestão da empresa e que interessem aos acionistas e ao mercado em geral.
A legislação exige alguns passos antes de fazer o IPO. Primeiro, a empresa deve se submeter a uma auditoria externa financeira e preparar os roadshows, reuniões com o objetivo de apresentar os negócios aos potenciais investidores. Então, o registro de companhia aberta classe A, que permite ações em bolsa, deve ser feito na Comissão de Valores Mobiliários, CVM. É preciso providenciar também a listagem na bolsa B3.
Depois, a empresa faz um documento chamado de prospecto, que contém todas as informações sobre o negócio e a oferta, incluindo os objetivos dos recursos, perspectivas de mercado e os riscos do negócio. Com isso, chega o período de reserva, prazo de alguns dias para os investidores pedirem as ações junto aos bancos e corretoras que participam da oferta. Em muitos casos, as empresas definem prazos para os investidores venderem as ações após a oferta, para evitar os chamados flippers, que são investidores que compram as ações para vendê-las no primeiro dia de negociação apostando na alta dos papéis.
O processo de venda da oferta inicial é chamado de bookbuilding, que indica o volume de interesse pelos papéis e o preço que os investidores estão dispostos a pagar. Depois de todo esse processo, as ações são entregues aos investidores e chega o dia da estreia da empresa na Bolsa. O desempenho dos papéis neste dia indica como o mercado recebeu a nova companhia.
Para quem quiser saber mais sobre as ofertas iniciais, o TC School preparou um e-book sobre os IPOs.
Texto: Letícia Matsuura
Edição: Angelo Pavini
Imagem: Divulgação

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