Papel da RD ainda é caro apesar de melhora no balanço, compra da Onofre

Apesar da melhora dos resultados no último trimestre e do anúncio, ontem, da compra da Onofre, que leva os papéis da RD a negociarem em alta de quase 10% hoje, as ações da rede de farmácias não negociam num patamar atrativo e estão caras considerando os desafios que o setor deve enfrentar ao longo deste ano, diz relatório do Credit Suisse desta terça-feira.
No documento, assinado pelos analistas Victor Saragiotto, Ian Miller e Pedro Pinto, o banco aponta que as margens e vendas mesmas-lojas da companhia devem ficar abaixo da média histórica por conta da política de reduzir os preços dos produtos para enfrentar a concorrência. O horizonte para o setor de farmácias no Brasil ainda não é certo, apontam os analistas, porque o aumento da competição entre as companhias representa um desafio.Para eles, o múltiplo da RD, 17% acima da média de cinco anos, não é atrativo apesar de melhora nos resultados.
Ontem, a RD apresentou queda anual de 9,4% no lucro líquido no quarta trimestre, um resultado melhor do que no trimestre anterior, afirmaram os analistas do Credit Suisse. Já o EBITDA da companhia ficou em R$261 milhões, recuo de 10,2% na base anual. Ainda assim, com o anúncio de compra da rede de farmácias Onofre, o papel negociava a R$66,94, com alta de 9,91%, próximo ao meio-dia.
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