Resultados do Bradesco batem consenso, mas inadimplência corporativa cresce

O banco Bradesco bateu a maioria dos números esperados para o terceiro trimestre, mas a inadimplência e os índices de cobertura sofrerem forte deterioração na esteira de problemas na carteira de clientes corporativos – o que pode impactar um pouco o desempenho do papel, disseram analistas. O lucro líquido recorrente do segundo maior banco privado do país atingiu R$6,542 bilhões, alta de quase 20% na base anual e quase o dobro do consenso TC de R$3,25 bilhões – estimativa impactada por duas projeções bem abaixo da média. A margem financeira total cresceu 5,9% a R$14,773 bilhões, quase em linha com a margem de R$14,9 bilhões. O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido, ou ROE, uma medida de rentabilidade dos bancos comerciais, subiu 1,2 ponto percentual na base anual para 20,2% – batendo o consenso de 19,8%. As provisões recuaram, encerrando trimestre abaixo do consenso, enquanto a receita com tarifas cresceu e ficou perto do consenso. As despesas não-juros, ou operacionais, subiram 10% na base anual, três vezes acima da inflação, refletindo o impacto do acordo coletivo e a maior participação nos resultados.