UBS prefere EDP Brasil, Equatorial e Energisa no setor elétrico

As ações de EDP Brasil, Equatorial e Energisa continuam atrativas, estimam os analistas do UBS, mesmo depois da valorização de 36% do índice do setor elétrico na B3 nos últimos seis meses, na esteira da melhora no cenário macroeconômico pós-eleições e pela boa perspectiva de privatizações de grandes empresas estatais de energia e saneamento.
O relatório do banco suíço, assinado por Marcelo Sá, chama a atenção para bons retornos também das companhias privadas por conta do baixo patamar das taxas de juros no País. Com isso, elevou a recomendação para EDP Brasil de neutra para compra e a colocou como uma de suas favoritas, ao lado de Equatorial e Energisa – ambas com sugestão de compra. O analista aumentou os preços-alvo das ações das três para R$23, R$108 e R$54, respectivamente.
O setor elétrico deve ganhar um impulso extra neste ano a partir dos discursos da administração Jair Bolsonaro favoráveis à privatização da Eletrobras e, em Minas Gerais, pelo posicionamento do governador Romeu Zema em favor da venda da Cemig. A partir disso, o mercado prevê ganhos de eficiência operacional, destravando valor nessas companhias.
Diante das perspectivas favoráveis, algumas ações andaram bastante e já estão bem precificadas, nos cálculos de Sá. Por isso, o analista do UBS rebaixou as recomendações de Taesa, de compra para neutra, de AES Tietê, de neutra para venda, e da Engie Brasil, também de neutra para venda. Os novos preços-alvos para os três papéis ficaram, respectivamente, em R$26, R$10 e R$37.
Nesta sexta-feira, o índice do setor elétrico da B3 subia 0,20%, com ajuda da Eletrobras, na contramão da baixa de 0,11% do Ibovespa. No ano, o setor já acumula 12% de alta, ante 11% do índice Bovespa.
(Foto: Torre de transmissão/Béria Lima)