UBS reafirma preferência pela Petrobras após decreto que facilita venda de ações

O decreto do governo que facilita a venda de ações ON da Petrobras pela Caixa e pelo BNDES tende a reduzir o gap do preço desses papéis em relação à cotação das ações PN, avalia o UBS, o que tende a preservar a preferência dos analistas pelas PN em um momento de expectativa pela reorganização operacional da estatal petrolífera.
A Casa Civil decidiu que ambos os bancos poderão vender ações ON da Petrobras, sem necessidade de aval do presidente da República. Com isso, a tendência é que o BNDES se desfaça aos poucos dos papéis ON que tem em mãos, prevê o banco suíço, a exemplo do que vem fazendo com os PN, equiparando essa pressão de baixa em ambas as classes de ações.
Para a equipe da instituição financeira, o prêmio de controle das ações $PETR3, cotadas atualmente na faixa de R$31, sobre as $PETR4, atualmente na casa de R$27, não se justifica em função de se tratar de um controle estatal, e por conta da prioridade no recebimento de proventos por parte das PN. Com a venda corrente de PNs pelo BNDES, essa diferença poderia ficar ainda maior, se não fosse o novo decreto.
“A partir dos comentários do novo presidente do BNDES, Joaquim Levy, acreditamos que a redução da participação – em PNs – provavelmente continuará … O movimento indica que o BNDES deve também desinvestir das ações ON”, diz o UBS em nota a clientes, ponderando que a venda de ONs tende a ser mais lenta devido ao menor volume financeiro desses papéis.
O UBS recomenda compra para as ações PN da Petrobras, com preço-alvo de R$33, estimando avanço do plano de venda de ativos da estatal para reduzir dívida a partir do comando do CEO Roberto Castello Branco, e da guinada liberal do novo governo.
(Foto: Petrobras/Divulgação)