Um olhar rápido no balanço trimestral do Santander Brasil (BCSA34)

São Paulo, 27 de outubro – Santander Brasil, o único banco comercial estrangeiro no Brasil com foco no varejo, teve um desempenho estelar no terceiro trimestre, se usarmos as projeções como referência.
O terceiro maior banco comercial no Brasil reportou lucro líquido gerencial excluindo provisões extraordinárias, de R$3,90 bilhões, quase R$1 bilhão acima das expectativas dos analistas. O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido, uma medida de rentabilidade, veio 5 pontos percentuais acima do consenso, a 21,2%.
O papel deve responder bem hoje aos dados: contribuidores e membros experientes do TC estão de olho nos bancos – que tem mostrado um desempenho bastante inferior à média do mercado desde a eclosão da pandemia, em março.
Santander (BCSA34) registrou crescimento de quase 20% na carteira de crédito
Para o Santander Brasil, a retomada da atividade comercial permitiu uma rápida adaptação da organização e seus funcionários ao cenário atual de pandemia e crise econômica. Ou seja, a cultura implementada pelo diretor-presidente Sérgio Rial, de decidir de forma rápida, porém criteriosa, aos desafios de um mercado sob riscos de maior concorrência e juros baixos, rendeu frutos.
O Santander Brasil registrou um crescimento de quase 20% na carteira de crédito consolidada ao final de setembro, na base anual, com destaque para o avanço no varejo. O indicador atingiu R$397,4 bilhões, ficando acima das expectativas colhidas pelo TC.
Margem com clientes teve queda, mas despesas do Santander (BCSA34) continuaram controladas
O desempenho satisfatório na alocação de crédito também veio acompanhado por indicadores de qualidade, em patamares controlados. A margem financeira líquida atingiu R$12,43 bilhões, acima das expectativas, com inadimplência abaixo do esperado e cobertura bem acima de trimestres anteriores.
Enquanto a margem com clientes teve queda expressiva na base anual, a margem com o mercado disparou. As despesas continuaram controladas e os índices de capitalização do Santander Brasil permanecem em patamares saudáveis. O papel acumula queda de 28,5% no ano – apesar da disparada de mais de 20% no mês.
O balanço do Santander Brasil geralmente é o primeiro dos grandes bancos e pauta o sentimento do investidor. Como disse o nosso editor Guillermo Parra-Bernal na prévia do setor, publicada ontem na TC Mover, o potencial de valorização das ações dos grandes bancos comerciais segue incólume no longo prazo, embora o cenário de curto prazo continue desafiador: há riscos de uma piora no custo de capital por conta do desarranjo fiscal. Contudo, o trimestre sinaliza alívio para os quatro grandes bancos em termos de rentabilidade.
Texto: Ana Carolina Amaral
Edição: Guillermo Parra-Bernal e Ana Carolina Siedschlag
Imagem: Divulgação

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