Vale (VALE3) torna-se pública com fim de acordo entre seus grandes acionistas

São Paulo, 09 de novembro – O acordo entre os grandes acionistas da Vale, código VALE3, para manterem a maioria na empresa expirou hoje, o que torna a mineradora uma companhia pública, sem um controlador definido.
Apesar disso, seus principais sócios e antigos controladores não devem vender rapidamente suas participações, exceto o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, já que o Tesouro Nacional precisa de recursos para fechar suas contas.
Além do BNDES, fazem parte desse grupo a Fundação Previ, do Banco do Brasil, a Petros, da Petrobras, a Funcef, da Caixa Econômica Federal, a Bradespar, holding não financeira do Bradesco e a siderúrgica japonesa Mitsui. Os fundos de pensão, por sua vez, podem esperar um pouco mais, aproveitando os dividendos da empresa, que devem crescer nos próximos anos.
Reestrutura corporativa da Vale
Segundo a empresa, o acordo entre os grandes acionistas teve como finalidade proporcionar estabilidade, enquanto a companhia passava por uma reestruturação para fortalecer sua governança corporativa, já que não haverá mais um controlador para tomar as decisões, que ficarão a cargo agora do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva. Ou seja, com o fim do acordo iniciado em 2017, a Vale torna-se realmente pública.
Atualmente, o Conselho de Administração da Vale é composto por mais membros da área de mineração, adicionando três membros independentes. O Comitê de Nomeação terá como função irá propor melhorias relacionadas à estrutura, tamanho e competências do Conselho de Administração, fatores essenciais para a definição dos candidatos para a Assembleia Geral Ordinária de 2021.
Desempenho das ações da Vale (VALE3)

Texto: Letícia Matsuura
Edição: Angelo Pavini
Imagem: Divulgação

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