Versa vê Porto Seguro cara, redobra venda a descoberto com desafios no seguro auto
A gestora Versa Asset projeta crescimento cada vez menor do lucro da Porto Seguro nos próximos anos devido aos preços em queda e mudanças de mobilidade no seguro auto, reiterando a estratégia de venda a descoberto da ação da seguradora.
Na venda a descoberto, o investidor vende ações sem detê-las, na esperança de que o preço recue; assim, recompra-se a um preço menor depois, lucrando na diferença. “Tudo tem preço”, segundo o analista da gestora Paulo Valaci, que vê a ação da Porto Seguro “esticada”, negociando a um prêmio de 15% a 20% ante seu histórico, em termos de preço sobre lucro.
“Estimamos que a frota segurada nacional deve continuar encolhendo em 2020 e 2021, estendendo um ambiente competitivo mais acirrado por pelo menos mais dois anos”, afirma Valaci no blog da gestora, após a Porto Seguro divulgar um lucro líquido acima do consenso no primeiro trimestre.
A premissa da Versa é que por mais que a Porto Seguro seja a melhor empresa de seguro auto no país e venha reduzindo despesas operacionais, o setor convive uma frota de veículos que só envelhece – mais carros saem da frota segurada do que novos entrantes – e com a disseminação do uso de aplicativos de carona em detrimento do próprio carro.
Por volta de 12h50, as ações da Porto Seguro recuavam 1,8%, cotadas a R$53,34. No mesmo instante, o Ibovespa subia 0,73% a 96.226 pontos.