Ata do FOMC mostra preocupação com segunda onda, mas otimismo com vacina

São Paulo, 6 de janeiro – Os dados econômicos dos Estados Unidos vieram mais fortes que o esperado pelo Federal Reserve no fim do ano, o que fez o banco central americano melhorar as projeções do Produto Interno Bruto, PIB, de 2020. Mas a segunda onda de coronavírus deve reduzir o crescimento do país no primeiro trimestre deste ano e nos próximos meses, com o impacto das vacinas melhorando a retomada apenas no médio prazo, segundo a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto, FOMC, realizada em dezembro e divulgada hoje.
FOMC deve manter programa de incentivo ao mercado para inflação voltar aos 2,00%
Segundo a ata, os integrantes do FOMC discutiram também o fim do processo de incentivos ao mercado via recompra de títulos, reforçando, porém, que devem manter o programa pelo tempo que for necessário para que a inflação volte para a meta de 2,00% e o emprego se recupere.
Os dirigentes afirmaram também que vão garantir o máximo de informações ao mercado sobre o fim do programa, e compararam o processo ao adotado em 2013 e 2014, quando o Fed passou a revender para os bancos os papéis que havia comprado após a crise de 2008 para socorrer as instituições. A preocupação é evitar turbulências com especulações sobre o fim do incentivo.
A ata mostra também que o Fed seguia preocupado em dezembro com o fim dos incentivos fiscais e da ajuda para famílias, medidas que foram prorrogadas pelo Congresso no fim do mês.
Cenário econômico continua incerto, conforme FOMC
Os integrantes do FOMC destacaram que, apesar das vacinas, o cenário para a economia continua bastante incerto neste ano devido à nova onda do vírus e a volta de restrições em vários Estados, e que uma política monetária assumidamente estimulativa será necessária para ajudar na recuperação, reforçando a projeção de juros perto de zero por um longo período. Já as vacinas podem ajudar a melhorar as fortalecer a expectativa de melhora do consumo no médio prazo.
Texto: Angelo Pavini
Edição: Kariny Leal e Letícia Matsuura
Imagem: TC Mover

B3 faz acordo com Instituto de Meteorologia para criar derivativos de clima
B3 e INMET assinaram um protocolo de intenções que abrirá espaço para a bolsa desenvolver derivativos relacionados a clima. Confira!

Aneel volta a adiar reajuste de tarifas de distribuidoras de energia
Aneel voltou a adiar reajustes das tarifas para distribuidoras de energia, suspendendo processos de elétricas da Neoenergia, Enel e Energisa

XP inicia Orizon com compra citando resiliência do setor e ESG
Orizon conta com baixa concorrência e práticas de ESG em seu DNA, disse XP, que iniciou cobertura da companhia com recomendação de compra