O acordo comercial que os Estados Unidos e a China estão negociando daria a Pequim um prazo até 2025 para cumprir os compromissos de comprar mais commodities dos norte-americanos e permitir que empresas americanas tenham 100% de participação em empresas que operam no país asiático, sendo que o não cumprimento poderia gerar retaliações, fontes disseram à Bloomberg News nesta quarta-feira.

O prazo limitado, diz a Bloomberg, levanta questões sobre o quanto um acordo reformularia a relação econômica de longo prazo, em vez de simplesmente servir como uma vitória política para o presidente americano Donald Trump. Enquanto algum progresso está sendo feito, a resolução de questões mais contenciosas, como a proteção à propriedade intelectual, está levando mais tempo.

As negociações seguem em Washington, onde o vice premiê chinês, Liu He, se encontrou com o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e com o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, nesta quarta-feira. Nos próximos dias, o objetivo é chegar a um acordo sobre as questões centrais. O principal assessor econômico de Trump, Larry Kudlow, elogiou o progresso, mas advertiu que um acordo final para acabar com a guerra comercial continua indefinido. O déficit comercial dos Estados Unidos com a China atingiu o recorde de US$419,2 bilhões em 2018.

(Foto: Donald Trump e Xi Jinping/Gilai Schen – Bloomberg – Getty Images)