Bolsas caem e olho na Geórgia, restrições, Irã, China, Congresso: Espresso

São Paulo, 4 de dezembro – As bolsas fecharam em baixa hoje, com os investidores aproveitando para colocar no bolso parte dos ganhos recentes, que levaram os índices de ações americanos a registrarem novos recordes, inclusive logo na abertura de hoje. Foi a pior queda do Dow Jones Industrials e do S&P500 em dois meses, desde 28 de outubro, e a maior baixa do Nasdaq desde 9 de dezembro.
A cautela aumentou diante do anúncio de novas restrições no Reino Unido e da expectativa com a eleição amanhã na Geórgia de dois nomes para o Senado americano, que pode mudar o controle da Casa a favor dos democratas, abrindo espaço para o presidente eleito Joe Biden aprovar aumentos de impostos e novos incentivos e gastos.
Hoje, o Senado é controlado pelos Republicanos, que impediriam grandes mudanças. Uma vitória democrata amanhã garantiria a Biden o comando da Câmara e do Senado e pode levar a uma onda de realização de lucro nas bolsas americanas diante do receio de aumento da tributação sobre empresas e maior regulação de setores como bancário e farmacêutico.
A eleição dos senadores ocorre em meio a denúncias de que o presidente Donald Trump teria pressionado autoridades também da Geórgia para mudar o resultado da eleição de Biden no Estado, o que pode ter impacto no eleitorado.
Tensões geopolíticas entre Estados Unidos, China e Irã
As tensões geopolíticas neste fim de governo Trump também deram sua contribuição para a queda das bolsas, com a tentativa de Washington de isolar politicamente cada vez mais o Irã na região, apoiando acordos entre países próximos, enquanto reforça sua presença militar no Oriente Médio, em resposta à ameaça de Teerã de aumentar o enriquecimento de urânio. Uma resposta violenta de grupos ligados ao Irã pode levar a pressões sobre o petróleo.
Já a China promete revidar a decisão americana de proibir empresas ligadas ao setor militar chinês de negociar ações nos Estados Unidos.
PT decidiu apoiar Baleia na eleição da presidência da Câmara
No Brasil, a bancada do PT decidiu, por 27 votos a 23, apoiar o deputado Baleia Rossi, do MDB, para a presidência da Câmara contra o candidato do governo, Arthur Lira, e pode levar o cargo de primeiro vice-presidente ou primeiro secretário da Casa se a chapa for vitoriosa, segundo a Folha de S. Paulo.
Em reunião com petistas no final de dezembro, Baleia disse que não deixará de analisar pedidos de impeachment de Bolsonaro que cumprirem “requisitos legais” e que dificilmente privatizações como da Eletrobras andarão este ano.
Texto: TC Mover
Edição: Letícia Matsuura
Imagem: TC Mover

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