Bolsas oscilam em dia de ataque ao Capitólio dos EUA; DIs disparam: Espresso

São Paulo, 6 de janeiro – As bolsas nas Américas tiveram mais um dia de forte volatilidade hoje e fecharam sem uma tendência única. Os investidores assistiram estupefatos à invasão do Congresso dos Estados Unidos por hordas de manifestantes partidários do presidente Donald Trump na tentativa de impedir a confirmação da eleição do democrata Joe Biden.
As cenas de violência e desrespeito ao símbolo da democracia americana levaram à suspensão da sessão no momento que parlamentares republicanos questionavam os resultados do Arizona, favoráveis a Biden, e resultaram na retirada às pressas do vice-presidente Mike Pence do prédio.
O tumulto acabou por reduzir o ímpeto de alta das bolsas, mas não impediu o Dow Jones Industrials de bater novos recordes, intradiário e de fechamento, diante das indicações de que o Partido Democrata conseguirá as duas vagas para o Senado em disputa na Geórgia.
Com isso, Biden terá maioria nas duas Casas do Congresso e poderá aprovar com mais facilidade suas propostas de aumento de incentivos fiscais e de tributação de grandes empresas, além de apertos na regulação de setores como financeiro e de tecnologia.
A perspectiva de mais incentivos fiscais puxou as ações de empresas de setores tradicionais, beneficiando também o S&P500 e, especialmente, as pequenas e médias, o que fez o índice Russell 2000 subir 4,4% e bater novos recordes também. Já o Nasdaq sofreu pelo receio de mais restrições às gigantes de tecnologia e terminou o dia em queda de mais de 1%.
Pressões internas e externas impulsionam DIs
Por aqui, os DIs dispararam em até 20 pontos-base numa combinação de pressões internas e externas. A reunião ministerial emergencial no Planalto ampliou os receios com o quadro fiscal, após Bolsonaro dizer que o país está “quebrado”.
O anúncio por Baleia Rossi, candidato à presidência da Câmara, de apoio à extensão do auxílio emergencial, estressou mais os juros futuros, que repercutiram preocupações com a inflação, na esteira da alta das commodities. A curva também repercutiu o avanço dos juros dos Treasuries americanos, e cautela antes do primeiro leilão de prefixados pelo Tesouro, amanhã.
Texto: TC Mover
Edição: Letícia Matsuura
Imagem: TC Mover

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