Campos Neto vê orientação futura achatando curva de juros e defende vacina

São Paulo, 17 de dezembro – O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou a importância do forward guidance, orientação futura, da taxa básica de juros, taxa Selic, que tem viés de baixa, para achatar o prêmio da curva dos contratos de DI mais longos. Isto pode trazer menos incertezas e elevar a possibilidade de financiamento a famílias e empresas com juros mais baixos.
Na coletiva sobre o Relatório Trimestral de Inflação do terceiro trimestre, Campos Neto reafirmou ainda que as condições para o instrumento seguem satisfeitas, mesmo com a sinalização do Comitê de Política Monetária de que alguma alteração na orientação futura pode acontecer no médio prazo.
Recente alta da inflação é temporária, reforça Campos Neto
O Banco Central ressaltou, no relatório, que a pressão inflacionária é passageira, e que deve permanecer ancorada nos dois próximos anos, mesmo reconhecendo uma possibilidade de alta nas perspectivas do BC para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, no ano que vem. Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, o IPCA é o índice da inflação do BC.
Campos Neto diz que BC vai agir em caso de distorção
Campos Neto insistiu na necessidade da credibilidade fiscal para atrair mais investimentos e afirmou que a política cambial é flutuante e que a autoridade atuará em caso de distorção, após agir no mês passado para amenizar overhedge e ajudar a derrubar a cotação do dólar futuro a patamares de junho.
O overhedge é uma prática que os bancos adotam de aumentar a proteção cambial de seus patrimônios em moeda estrangeira no exterior. Como a variação do patrimônio lá fora não é tributada, mas a variação aqui dos ativos usados como hedge é, os bancos precisam aumentar os instrumentos de proteção aqui para compensar e pressionam o dólar. De acordo com Campos Neto, o overhedge é tratado no BC como qualquer outro fluxo.
O presidente da autarquia afirmou ainda que o mercado deixou de olhar para incentivos fiscais e passou a precificar as vacinas. Para Campos Neto, a vacinação é a “solução final” para a crise do coronavírus.
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Texto: Gustavo Boldrini
Edição: Bárbara Leite e Letícia Matsuura
Imagem: TC Mover

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