DIs recuam após vendas no varejo de junho frustrarem consenso
Os contratos de juros futuros recuavam na manhã desta quarta-feira, com o DI para janeiro próximo buscando retornar à mínima histórica, refletindo o dado de vendas no varejo de junho, que mostrou desempenho bem abaixo do esperado, e a maior calma nos mercados globais após tombo recente.
O contrato do DI com vencimento em janeiro de 2020 tocou 5,49% após a divulgação do dado de varejo pelo IBGE, queda de 3,25 pontos-base ante o fechamento da véspera A mínima histórica da contrato está em 5,48% – atingida uma semana atrás. A curva fechou em bloco, com os recuos mais significativos nas pontas mais longas – sinal de que as altas nos futuros dos índices americanos, a queda nos juros de longo prazo da dívida dos países mais desenvolvidos e o recuo do dólar ante o real na abertura do mercado futuro na B3 pressionam os DIs para baixo, disseram operadores.
Em junho, o volume de vendas do comércio varejista ficou praticamente estável, com variação de 0,1% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, abaixo do consenso de alta de 0,2%. A média móvel trimestral do varejo contraiu 0,1% pelo terceiro trimestre móvel consecutivo. Na base anual, o indicador caiu 0,3% em junho, ante consenso TC de avanço de 1,3%. Segundo o IBGE, além do menor ritmo das vendas, houve a influência negativa do calendário nessa comparação, já que em 2019 junho teve dois dias úteis a menos que em 2018.