Fachin põe Lula de volta ao jogo e mercado derrete; no radar, PGR, serviços: Espresso

São Paulo, 8 de março – A decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, STF, de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na 13ª Vara Federal de Curitiba derrubou os mercados nesta segunda-feira e reavivou, na mente dos investidores, velhos temores que sempre degeneraram em quedas longevas dos ativos. Além de ressuscitar a possível candidatura do líder petista, a decisão faz da eleição presidencial do ano que vem, mais uma vez, um duelo de rejeições e de polarização.
Ativos locais reagem como em 2018 e derretem, enquanto dólar sobe
Lembremos que, entre abril e setembro de 2018, a bolsa derreteu mais de 10%, o dólar disparou, puxando os juros para cima também. Os ativos locais hoje reagiram de igual forma, mesmo na presença de um exterior ameno e da perspectiva de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição Emergencial, PEC Emergencial, e outras pautas econômicas relevantes no país. O dólar futuro marcou o maior nível intradiário desde outubro, e o Ibovespa registrou o menor patamar em dois pregões. O contrato de juros futuros com vencimento em janeiro de 2023, o mais líquido na B3, disparou.
Dados sobre atividade econômica devem mostrar piora
Na agenda doméstica desta terça-feira, destaque para os dados de atividade do setor de serviços em janeiro. Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, o Índice de Atividade do Banco Central, IBC-Br, deve mostrar piora, com queda de 4,5% na comparação anual, ante 3,3% em dezembro.
O Tesouro fará leilão de títulos longos corrigidos pela inflação, as NTN-B, que devem sofrer o impacto das notícias de hoje. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, Caged, de janeiro, que seria divulgado amanhã, foi transferido para o próximo dia 16.
Texto: TC Mover
Edição: Letícia Matsuura
Arte: Vinícius Martins / TC Mover
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