Ibovespa cai com receio fiscal e vacinas; no radar, FOMC, balanços, dívida pública: Espresso

São Paulo, 26 de janeiro – O Índice Bovespa recuou hoje sob o impacto das preocupações com o programa de privatizações do governo e o equilíbrio fiscal. A queda das bolsas em Nova Iorque também ajudou a realização de lucros e as vendas de estrangeiros por aqui, especialmente de ações de bancos, trazendo o Ibovespa de volta para os 116 mil pontos.
O dólar também caiu com as indicações da ata do Comitê de Política Monetária, Copom, do Banco Central de que os juros básicos, a chamada taxa Selic, podem subir antes do esperado.
Na B3, a saída do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, anunciada na madrugada de domingo derrubou as ações da estatal diante da perspectiva mais distante de sua privatização, uma das mais esperadas pelo mercado. As declarações do presidente Jair Bolsonaro hoje de que vai acelerar as vendas de empresas públicas e as parcerias com o setor privado não salvaram as ações da elétrica.
O mercado aguarda agora o nome do novo presidente da Eletrobras, que pode dar uma indicação da disposição do governo em levar adiante o processo de desestatização.
Tendência de alta da dívida pública e atividade fraca preocupam mercado
Na agenda econômica, hoje à noite, saem dados de lucros das indústrias chinesas de dezembro. Amanhã, além da reunião do FOMC, os destaques serão, no Brasil, o Relatório Mensal da Dívida Pública e os dados do Setor Externo relativos a dezembro.
A tendência para a dívida é de aumento diante dos gastos do governo e atividade ainda fraca. A projeção do governo no fim de outubro era terminar o ano com a dívida bruta em 96% do PIB. Se confirmado, esse número representará crescimento de 20 pontos percentuais, justificando as preocupações do mercado.
Texto: TC Mover
Edição: Letícia Matsuura
Imagem: TC Mover
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