Juros do crédito pessoal variam de 3,89% a 7,89% ao mês, diz Procon

Postado por: TC Mover em 18/11/2020 às 20:17

São Paulo, 18 de novembro – Os juros do crédito pessoal ficaram estáveis em novembro, conforme pesquisa do Procon SP, variando entre 3,89% ao mês na Caixa Econômica Federal e 7,89% no Santander.

Na média, os juros do crédito pessoal estão em 6,08% ao mês, ou 103,05% ao ano. O cálculo foi feito com base em linhas para clientes não preferenciais pelo prazo de 12 meses. A maior parte dos bancos pesquisados tem juros em torno de 6,0%, sendo 5,73% no Banco do Brasil, 5,90% no Safra e 5,91% no Itaú Unibanco. O Bradesco cobra 7,16% ao mês.

Já as taxas do cheque especial também ficaram estáveis em novembro, variando entre 7,73% no Banco do Brasil e 8,0%, limite estabelecido para a linha pelo Banco Central, no Bradesco, Caixa, Safra e Santander. Assim, as taxas do crédito pessoal e do cheque especial agora estão próximas. A taxa média do cheque especial, segundo o Procon, é de 7,91% ao mês, equivalente a 149,36% ao ano.

Juros dos empréstimos ainda estão altos

As taxas de juros dos empréstimos ainda estão bastante elevadas se comparadas ao juro básico Selic, de 2,0% ao ano. Considerando a taxa média do crédito pessoal, de 6,08%, a dívida dobraria em 12 meses.

Essa diferença é justificada pela inadimplência, que precisa ser compensada pelos bancos, e que é ampliada pela falta de garantias dessas linhas. Outros tipos de empréstimo com garantias, como financiamentos de carros ou de imóveis, têm taxas de juros bem mais baixas.

Quem precisar de dinheiro para uma emergência deve tentar buscar linhas de menor custo, como crédito consignado, que por ser vinculado à conta salário ou de recebimento de benefícios têm juros menores. Ou buscar fintechs de crédito que ofereçam taxas menores.

Outro cuidado é não levar em conta só os juros do empréstimo, já que muitas instituições cobram outras taxas, como abertura de cadastro, que acabam pesando, especialmente quando o valor do crédito é pequeno. O tomador deve verificar sempre o Custo Efetivo Total do crédito, que tem de incluir todos esses extras.

Texto: Angelo Pavini
Edição: Letícia Matsuura
Imagem: Divulgação