Volta do feriado repercute Eletrobras e estímulos; ata do Copom no radar: Espresso

São Paulo, 26 de janeiro – “O jogo acabou?”. Com essa pergunta o analista João Pimentel, do BTG Pactual, abria seu relatório sobre a saída intempestiva do Wilson Ferreira Júnior da presidência da Eletrobras, anunciada na madrugada de domingo.
Ontem, os recibos das ações brasileiras em Nova Iorque despencaram com a notícia, especialmente os chamados ADRs das empresas estatais, indicando que os investidores estrangeiros agora acham que o governo do presidente Jair Bolsonaro não pretende levar a sério o necessário programa de privatização.
O comportamento do ADR da Eletrobras, talvez a estatal que, com a Petrobras, sofreu a transformação mais intensa na esteira da saída do Partido dos Trabalhadores do governo, em 2016, sinaliza a percepção do investidor sobre o momento delicado em que o Brasil se encontra, em matéria política, econômica e social.
O movimento do papel da Eletrobras na Bolsa de Nova Iorque, onde chegou a cair mais de 15% em fechou em recuo de 11,8%, antecipou as palavras de Ferreira Júnior, que em teleconferência à tarde, disse que a decisão foi motivada, pela “quebra de perspectiva” de privatização da estatal.
Ata do Copom reitera retirada da orientação futura pela inflação
Na ata do chamado Copom, como o comitê decisório de juros é conhecido, o Banco Central reiterou que a decisão de retirar a orientação futura se deveu à piora das expectativas da inflação, que por ora rondam perto das metas futuras e pelos choques de preços mais persistentes do que se imaginava.
A autarquia manteve sua visão de que o momento demanda estímulo extraordinariamente elevado, e reiterou que aguardará mais dados antes de cogitar mudar os juros. Enquanto isso, já há quem discuta lá dentro uma alta na Selic.
Texto: TC Mover
Edição: Letícia Matsuura
Arte: TC Mover
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