Balança comercial fecha 2021 com superávit recorde
Com superávit de US$61 bilhões, a balança comercial teve avanço de mais de 20% em 2021, em meio à recuperação da produção global

Atualizado há 4 meses
Brasília, 3 de janeiro – A balança comercial brasileira fechou 2021 com superávit de US$61,0 bilhões, avanço de 21,1% em termos de valor sobre 2020, em um ano de recuperação das cadeias produtivas globais, em meio à pandemia da covid-19, reportou o Ministério da Economia nesta segunda-feira.
O saldo no agregado do ano é o maior com base na série histórica, iniciada em 1989, pela pasta. Mas veio abaixo da última projeção realizada pela pasta de superávit de US$70,9 bilhões no acumulado de 2021.
O Ministério da Economia também projetou que a balança comercial deve registrar superávit de US$79,4 bilhões em 2022, ao passo que as exportações devem somar US$284,3 bilhões.
Os dados acompanham projeção de crescimento de 4,5% para a economia em 2022, de acordo com estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. A equipe econômica mencionou, entretanto, que o risco de uma nova onda da covid-19 permanece no radar.
No acumulado do ano passado, as exportações somaram US$280,4 bilhões, aumento de 34% em comparação pela média diária com o ano passado. O valor também é o maior para a série histórica, superando o recorde anterior, de US$253,7 bilhões, em 2011.
As importações também registraram aumento, de 38,2%, somando US$219,4 bilhões, o maior valor desde 2014, resultando em um aumento da corrente de comércio em 2021 de 35,8%.
Em termos de atividade econômica, o setor de agropecuária reduziu a sua participação no nível de exportações, a 19,7%, ante 21,6% em 2020. No caso da indústria extrativa, passou de 23,4% para 28,4%, e a indústria de transformação recuou a 51,4%, contra 54,5%.
Com destino à Ásia
No ano, as exportações para China, Hong Kong e Macau, principais destinos dos produtos brasileiros, aumentaram 28,0%, pela média diária, em comparação a 2020. Já as vendas totais para a Ásia avançaram 31,0% pela média diária.
Ainda na mesma base de comparação, as vendas para a América do Norte subiram 40,8%, enquanto que para a América do Sul, 50,0%. As exportações para a Europa tiveram crescimento menor, de 29,4%.
Já pela ótica das importações, o país registrou aumento na participação total nas importações brasileiras no agregado do ano da indústria extrativa, a 5,9%, ante 4,1% em 2020.
Já a indústria de transformação deteve participação de 90%, ante 92% em 2020. Ao fim, a agropecuária teve participação reduzida a 2,4%, ante 2,6% em 2020.
Balança comercial de dezembro
No recorte de dezembro, o superávit foi de US$3,95 bilhões, abaixo do consenso projetado pela Mover, de US$4,5 bilhões. No último mês do ano passado, as exportações alcançaram US$24,4 bilhões, enquanto as importações somaram US$20,4 bilhões.
Pela média por dia útil, as exportações em dezembro avançaram 26,3% sobre o mesmo período de 2020, enquanto as importações saltaram 24,0%.
Texto: Gabriel Ponte
Edição: Guilherme Dogo
Imagem: Vinícius Martins / Mover
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