Conflito na Ucrânia é o “mais relevante desde o 11 de setembro”, diz SPX Capital
Em carta aos cotistas, sócio da gestora SPX Capital disse que enxerga consequências econômicas duradouras do conflito entre Rússia e Ucrânia

Atualizado há 2 meses
São Paulo, 11 de março – O conflito entre Rússia e Ucrânia é o evento geopolítico “mais relevante desde o 11 de setembro”, com consequências sobre a inflação, atividade econômica e até na ruptura do protagonismo de potências Ocidentais na geopolítica mundial, afirmou hoje a SPX Capital em carta enviada a cotistas.
No documento, o sócio da gestora, Beny Parnes, explicou que, no cenário de crise prolongada, é esperada uma redução significativa na oferta de energia, alimentos, fertilizantes e metais, o que representa pressão persistente sobre a inflação global e na atividade econômica.
Para a gestora, o cenário prévio de inflação alta e persistente nas potências globais, iniciado pela injeção de capital para elevar a demanda “de forma demasiada” em meio ao deslocamento de cadeias de oferta, piorou o contexto da crise.
Parnes afirmou que o trabalho dos bancos centrais pelo mundo será ainda mais difícil, já que as autoridades monetárias precisarão elevar os juros para controlar a inflação, dosando o movimento para não causar recessão.
Ainda para ele, a exclusão da Rússia do sistema financeiro internacional, o Swift, pode ser o gatilho para um sistema alternativo em outras moedas de negociação, o que pode tirar poder do dólar americano.
Parnes finalizou a carta de fevereiro dizendo que, com a pandemia e agora o conflito no Leste Europeu, “o mundo ficou mais complexo, o que pode gerar mais deslocamentos nos preços dos ativos”.
Posições da SPX
No mês passado, o fundo multimercado SPX Nimitz apresentou alta de 3,05%, ante 0,75% do CDI e 0,89% do Ibovespa.
Para este mês, o relatório da SPX aponta para alocações compradas em dólar americano e em setores defensivos da bolsa americana.
Na Europa, a gestora investirá mais no setor de defesa e manterá posições compradas na bolsa chinesa.
No Brasil, a SPX deverá seguir com posições vendidas em fintechs e mineração. No setor de commodities, iniciou posição comprada em metais preciosos.
Texto: Guilherme Dogo
Edição: Gabriela Guedes
Imagem: Vinicius Martins / Mover
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