Descoberta de nova cepa do coronavírus derruba mercados globais
O jornal The New York Times diz que essa nova cepa representa um “grande salto evolutivo” do vírus em relação às demais variantes

Atualizado há 6 meses
São Paulo, 26 de novembro – Mercados globais amanhecem com forte aversão a risco com a nova cepa do coronavírus descoberta na África do Sul. Bolsas e commodities de atividade derretiam, enquanto o valor de face de títulos da dívida americana e o ouro avançavam em meio à busca por proteção.
A nova cepa do coronavírus é chamada de B1.1.529 e possivelmente terá a letra grega “nu” atrelada ao seu nome em reunião da Organização Mundial da Saúde nos próximos dias. Há relatos de que a variante tem uma série de diferenças na proteína S, que permite ao vírus entrar na célula, tornando-a mais transmissível.
O jornal The New York Times diz que essa variante representa um “grande salto evolutivo” do vírus em relação às demais.
Ainda não se tem certeza sobre a efetividade das vacinas atuais contra essa nova cepa, e países começam a implementar restrições de viagem com origem e destino para a África do Sul e países vizinhos. Um caso já foi detectado em Hong Kong.
O petróleo despencava 5,14%, a US$78,02 por barril, com futuros do S&P500 registrando perda de 1,90% e o Vix, chamado “índice do medo”, disparava 43%. O dia de notícias sobre o tema deve pautar os negócios, que podem mostrar recuperação ou piora à medida que o mercado entende a nova cepa e seus riscos para a economia.
O mercado brasileiro também monitora de perto a questão dos precatórios.
Bolsa brasileira
Ibovespa futuro deve ignorar dinâmicas locais e deixar de lado questões políticas por hoje, abrindo em forte queda com o exterior e a nova variante do vírus.
O EWZ perdia 2,21% no pré mercado, movimento que, considerada a alta no Ibovespa no feriado da véspera nos EUA, sinalizaria queda próxima a 3,50% na abertura do mercado futuro. ADRs da Vale caem 4,80%, da Petrobras, 0,86%, e do Itaú, 1,97%.
Câmbio
Moedas de países emergentes caíam em bloco em relação ao dólar, com o sentimento de aversão ao risco dominando mercados. A cesta de commodities de exportação do Brasil também caía, o que sugere um dia de alta importante para o dólar futuro.
Juros
A curva deve seguir o câmbio e avançar com investidores procurando se desfazer de títulos atrelados a moedas e países emergentes.
Texto: Felipe Corleta
Edição: Lucia Boldrini e Stéfanie Rigamonti
Imagem: Mover
Últimas
Receba todas as novidades do TC
Deixe o seu contato com a gente e saiba mais sobre nossas novidades, eventos e facilidades.
Receba todas as novidades do TC
Deixe o seu contato com a gente e saiba mais sobre nossas novidades, eventos e facilidades.