Governo central tem déficit primário de R$19,8 bilhões em julho, melhor que consenso
O governo central registrou déficit primário melhor do que esperado devido à evolução da arrecadação, segundo o Tesouro Nacional. Confira!

Atualizado há 9 meses
Brasília, 30 de agosto – Impulsionado pela melhora da arrecadação, o governo central, composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou déficit primário em julho melhor do que apontava as estimativas do mercado.
No sétimo mês do ano, o saldo negativo foi de R$19,8 bilhões, de acordo com os dados do Tesouro Nacional divulgados nesta segunda-feira, 30. O resultado foi melhor do que o projetado pelo mercado, que apontava déficit de R$30,1 bilhões.
No acumulado do ano até julho, o governo central registra baixa de R$73,4 bilhões. Já no mesmo período do ano passado, o Tesouro Nacional registrou rombo de R$505,2 bilhões. No acumulado em 12 meses, o rombo até julho foi de R$328,8 bilhões, equivalente a 3,80% do Produto Interno Bruto, PIB.
Despesas do governo central caíram, enquanto as receitas aumentaram
Em apresentação, o Tesouro Nacional pontuou que o resultado foi influenciado pela evolução da arrecadação, bem como pela focalização dos gastos em resposta à crise da Covid-19. No mês passado, as despesas do governo central apresentaram queda de 18,1%, em R$35,2 bilhões em termos reais, na comparação anual. Já as receitas líquidas tiveram elevação de 41,4%, em R$40,8 bilhões.
Em julho de 2020, quando o país registrava alta de casos e mortes pela Covid-19, já experimentando uma primeira onda do coronavírus em diferentes regiões, o governo central registrou déficit primário de R$87,9 bilhões.
Em comunicado, o Tesouro Nacional destacou a evolução das projeções para o resultado primário do governo central ao longo dos próximos anos. O resultado primário é a diferença entre receita e despesa sem contar os juros.
Após forte alta, dívida bruta em relação ao PIB está em declínio
Além disso, mencionou a trajetória em declínio da dívida bruta como proporção do PIB, que caiu 5,3 pontos percentuais entre fevereiro e junho. Isso ocorre após forte alta apresentada como reflexo do combate à pandemia da Covid-19.
“Atualmente, as projeções já mostram um cenário bem melhor, com superávit primário e dívida bruta em 2021 nos patamares de -1,9% e 82% do PIB, respectivamente”, detalhou, com base nas medianas de analistas consultados pelo Prisma Fiscal.
O Tesouro Nacional, no entanto, reiterou que o país deve manter o “zelo e a responsabilidade” ao lidar com a melhoria do quadro fiscal, destacando o conjunto de regras fiscais em vigor. “Na medida em que o cenário para indicadores fiscais seja mais bem percebido, deverá se refletir em menores custos de rolagem da dívida, que por sua vez podem gerar efeitos ainda mais positivos sobre o próprio quadro prospectivo fiscal e econômico”, complementou.
Texto: Gabriel Ponte
Edição: Guilherme Dogo, Letícia Matsuura e Anderson Lima
Arte: Vinícius Martins / Mover
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