Ibovespa recua pressionado por queda nas ações da Vale
Apesar do cenário mais positivo no exterior, Ibovespa volta a sentir o peso da queda das ações da Vale, e recua nesta quarta-feira

Atualizado há cerca de 1 mês
São Paulo, 20 de abril – O Ibovespa segue em queda na tarde desta quarta-feira, pressionado pelas perdas da Vale, que acompanha a queda nos preços do minério de ferro na China, e com clima mais azedo no exterior após a divulgação do Livro Bege nos Estados Unidos, que mostrou um aumento da pressão inflacionária no país.
Por volta das 16h05, o Ibovespa caía 0,82%, a 114.108 pontos. As ações ordinária da Vale (VALE3), que têm grande peso no índice, caíam 3,20%, com a alta correlação da mineradora com os preços do minério de ferro na China, que recuou 1,75% na bolsa chinesa de Dalian hoje, a US$ 140 por tonelada. O recuo da commodity acontece diante de preocupações com a demanda local por aço, na esteira da manutenção dos juros locais pelo Banco Popular da China.
O dólar futuro registrava forte queda de 1,01% nesta tarde, negociado a R$4,634. Os contratos de juros futuros, por outro lado, operavam mistos.
No exterior, aumentou a aversão ao risco entre os investidores depois da divulgação do Livro Bege, que mostrou que as pressões inflacionárias permaneceram elevadas nos Estados Unidos de fevereiro para cá e pioraram com a guerra na Ucrânia e a volta do coronavírus na China.
O Livro Bege é um estudo feito pelas 12 regionais do Federal Reserve junto às empresas e dá uma visão geral da atividade, emprego e preços de cada região, servindo de base para as decisões de política monetária do banco central americano.
O S&P500 virou e passou a cair 0,05%, enquanto o Nasdaq 100 ampliou queda para 1,15%, com as ações da Netflix desabando, após a empresa registrar a primeira perda de assinantes em dez anos.
Sobe e desce do Ibovespa
Entre as maiores quedas percentuais, destaque para os papéis ordinários da Natura (NTCO3), que despencavam 12,69% antes do leilão de ações, registrando a maior queda do ano.
As ações preferenciais classe A da Usiminas (USIM5) também figuravam entre as maiores perdas, recuando 7,40%, após divulgação de seu balanço do primeiro trimestre. A siderúrgica frustrou as expectativas de lucro e receita, na esteira da valorização do real, da alta dos custos na unidade de siderurgia e da desaceleração no volume de vendas da área de mineração.
Na ponta oposta do Ibovespa, as ordinárias da PetroRio (PRIO3) lideravam as altas percentuais, subindo 4,22%.
Texto: Heriberto Teixeira e Gabriel Ponte
Edição: Allan Ravagnani e Stéfanie Rigamonti
Imagem: Vinicius Martins / Mover
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