Ibovespa dispara a 108 mil pontos com juros nos EUA, à espera da Selic
O Ibovespa avançou 1,70%, com ajuda da Petrobras do e varejo; as bolsas americanas subiram, com a decisão monetária do país

Atualizado há 15 dias
São Paulo, 4 de maio – O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, refletindo a disparada das bolsas americanas após a decisão de política monetária do Federal Reserve e do discurso mais leve do que o esperado do presidente da autarquia, Jerome Powell, e à espera do anúncio da taxa de juros no Brasil.
O índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo subiu 1,70%, a 108.343 pontos, revertendo queda e seguindo a aceleração das bolsas americanas. O S&P500 fechou na maior alta em dois anos, de 2,99%. O Dow Jones subiu 2,82% e o Nasdaq 100, 3,41%.
A sessão das bolsas nesta quarta-feira foi marcada pela volatilidade, devido à decisão da taxa de juros básica nos EUA e da expectativa do mercado pelo anúncio da política monetária no Brasil.
O Comitê Federal de Mercado Aberto elevou os Fed Funds em 50 pontos-base, para o intervalo entre 0,75% e 1,00% ao ano, marcando o aumento mais agressivo da taxa de juros americana em 22 anos, em linha com a previsão de todos os sete bancos e instituições consultados pela Mover. O Fed também anunciou o início da redução de seu balanço patrimonial a partir de 1 de junho.
Em coletiva de imprensa após a decisão, Powell afirmou que existem altas chances de o banco central americano controlar a inflação sem desencadear uma paralisação na atividade econômica e no emprego nos Estados Unidos.
Em relatório enviado a clientes, a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, afirmou que o fato de o Fed ter atribuído peso semelhante à inflação e ao nível de atividade, agora, faz com que o mercado entenda o comunicado de hoje como mais suave, ou “dovish”.
Após a decisão do FOMC, o dólar depreciou imediatamente em relação ao real e às principais moedas do mundo. Perto das 17h00, os contratos futuros da moeda americana caíam 1,14% e eram cotados a R$4,947. A curva de juros fechou em queda de até 12 pontos-base.
No Brasil, investidores aguardam a divulgação da decisão de juros pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central. Todas as 18 instituições consultadas pela Mover esperam um aumento de 100 pontos-base na Selic, para 12,75% ao ano.
Mais cedo, o economista-chefe da Gauss Capital, Guilherme Attuy, afirmou em entrevista à TC Rádio que espera um tom mais severo, ou “hawkish”, do BC nesta quarta, com a Selic subindo até 13,75% ao fim do ciclo. Para Attuy e outros economistas, a intensificação da perspectiva para o ciclo de juros decorre do aumento da inflação projetada para 2023, hoje horizonte relevante para o BC.
A Petrobras (PETR3) (PETR4) foi um dos principais impulsores do índice, enquanto a Vale (VALE3) fez pressão no lado oposto. Na visão percentual, as ordinárias da Magazine Luiza (MGLU3) e da Americanas (AMER3) lideraram os ganhos, a 7,61% e 7,54%, respectivamente. A maior queda foi da ordinária da Marfrig (MRFG3), com 7,76%.
Texto: Clara Guimarães
Edição: Gabriela Guedes
Arte: Vinícius Martins/ Mover
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