Ibovespa futuro abre com apetite por risco, de olho em inflação nos EUA

São Paulo, 10 de fevereiro – O Ibovespa futuro iniciou a quinta-feira em alta, refletindo os balanços trimestrais e os números positivos do setor de serviços, enquanto o mercado aguarda pelos dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos, que podem alterar o humor dos mercados em nível global.

Perto das 9h20, o Ibovespa futuro operava em alta de 0,39% aos 112.890 pontos, enquanto o dólar futuro caía 0,17%, negociado a R$5,254. No mercado de juros, as taxas dos contratos futuros apontavam para queda de até 2 pontos-base.

Nos Estados Unidos, os futuros operavam mistos, refletindo o dia de maior tensão diante da espera dos dados de inflação ao consumidor, que saem às 10h30. O consenso aponta para uma alta no mês de janeiro de 0,5%, atingindo 7,3% na base anual, o que seria o maior patamar de inflação nos EUA em 40 anos.

“O cenário hoje preserva o peso da inflação, agora com a divulgação do CPI nos EUA, em meio à expectativa de alta de juros pelo FOMC no próximo mês, e somente um dado muito fora das projeções altera o cenário desenhado pelo Fed para março”, disse a Infinity Asset em seu relatório matinal.

Os futuros do S&P500 perdiam 0,11%, e o índice VIX, que mede a volatilidade dos mercados, subia 3,36% a 20,64 pontos, enquanto o petróleo Brent operava em alta de 0,82% a US$92,30.

Mercado local

No Brasil, a Suzano obteve lucro líquido de R$2,31 bilhões, superando o consenso TC, de R$1,20 bilhão, revertendo prejuízo em base trimestral. Fora isso, empresas como Itaú, Alpargatas, BR Partners e Multiplan divulgam seu resultado do quarto trimestre de 2021, em conjunto com a prévia operacional da Vale após o fechamento do mercado.

Ainda no Brasil, o leilão de títulos pelo Tesouro brasileiro é destaque das movimentações locais nesta manhã, e pode impactar a cotação da moeda, sinalizando entrada ou saída de recursos por parte de investidores estrangeiros.

Para a abertura do mercado à vista, investidores devem ficar de olho nos papéis da Petrobras, cujos recibos negociados no pré-mercado em Nova York operavam em alta de 1,56%, enquanto os recibos da Vale registravam alta de 2,11%.

Texto: Bruno Luiz
Edição: Allan Ravagnani
Imagem: Vinicius Martins / Mover