Ibovespa futuro cai e dólar sobe, de olho em balanços

São Paulo, 25 de janeiro – O Ibovespa futuro iniciou a terça-feira em queda e o dólar em alta, de olho nos resultados trimestrais de empresas americanas, e à espera da reunião do banco central americano, que deve dar pistas sobre aperto monetários nos Estados Unidos.

Por volta das 9h05, o Ibovespa futuro operava em baixa de 0,66% aos 108.295 pontos, enquanto o dólar futuro operava em alta de 0,38%, negociado a R$5,515. No mercado de juros, as taxas dos contratos futuros apontavam para baixa de até três pontos-base.

Nos Estados Unidos, os futuros operam no campo negativo, em um movimento de ajuste após a forte recuperação ontem. Além disso, os resultados trimestrais da American Express, 3M, Johnson & Johnson, Lockheed Martin, Verizon, General Electric e Microsoft são os principais destaques da sessão.

Ainda nos EUA, hoje é dia de leilão primário de títulos do Tesouro de cinco anos. Somado a isso, o conflito entre a Rússia e Ucrânia e a espera pela reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto na quarta-feira devem aumentar a volatilidade das sessões.

“Não existem sinais de que o Federal Reserve [banco central americano] se mostrará ‘sensibilizado’ pela reação dos investidores à possibilidade de início antecipado do processo de aperto monetário nos EUA. Ainda que seu presidente, Jerome Powell, esteja atento aos efeitos nos ativos de mercado financeiro, cresceu a parcela que defende uma não leniência do comitê à inflação que já soa fora de controle”, disse a Infinity Asset em seu relatório matinal.

Mercado local

No Brasil, destaque para os leilões de títulos ligados à inflação, e o investidor local aguarda a divulgação da prévia da inflação de janeiro amanhã, o IPCA-15. O consenso aponta para uma desaceleração de 0,78% em dezembro para 0,43% em janeiro.

Para a abertura do mercado à vista, investidores devem ficar de olho nos papéis da Petrobras, cujos recibos negociados no pré-mercado em Nova York operavam em queda de 1,11%, enquanto os recibos da Vale registravam queda de 0,72%.

Texto: Bruno Luiz
Edição: Allan Ravagnani
Imagem: Mover