Ibovespa recua em dia de feriado nos EUA; no radar, juros no Japão, fiscal, balanços: Espresso

São Paulo, 17 de janeiro – O Ibovespa iniciou a semana em queda, em um movimento de correção após ganho superior a 4% na semana anterior, em uma sessão com o menor volume financeiro do ano, em decorrência de feriado nos Estados Unidos, sem operações em Wall Street.

O Ibovespa fechou em queda de 0,52% a 106.373, com realização de lucros e liquidez reduzida. Destaque negativo para o setor de materiais básicos, que caiu 1,53%, refletindo a queda no minério de ferro, enquanto o financeiro liderou as altas a 0,60%.

O volume financeiro foi de R$14 bilhões, segundo a B3. O dólar futuro caiu 0,36% a R$5,532, após registrar queda de quase 2% na semana anterior. Enquanto isso, os contratos futuros de juros fecharam nas máximas, subindo até 28 pontos-base, com dados de inflação acima do esperado e riscos fiscais, em meio à cautela fiscal envolvendo reajuste dos servidores.

Sobe e desce

As ações ordinárias da Cielo (CIEL3) lideraram o Ibovespa, acelerando 4,95%, após pesquisa ICVA apontar crescimento real de 3% nas vendas do varejo em dezembro e em linha com seus controladores, Banco do Brasil e Bradesco, que também subiram.

Em dia positivo para operadoras de planos de saúde e de telecomunicações, as ordinárias da Qualicorp (QUAL3) avançaram 2,76%, e da TIM (TIMS3), 2,45%.

Os papéis preferenciais da Braskem (BRKM5) caíram 6,73%, após seus controladores, Novonor e Petrobras, protocolarem pedido de oferta secundária de ações, enquanto os juros altos impactaram as units da Iguatemi (IGTI3), que recuou 3,73%, e ações preferenciais de Alpargatas (ALPA4), com queda de 3,49%.

No radar

Na agenda de amanhã, já com os mercados abertos, saem o Índice Empire da Manufatura e o Índice de Confiança do Construtor nos Estados Unidos, ambos de janeiro. Além disso, é dia de decisão da taxa de juros pelo Banco do Japão e também sai o Índice de Expectativas na Economia da Zona do Euro

Por aqui, o Tesouro faz o seu leilão tradicional de LTF, títulos do Tesouro Direto pré-fixados, e NTN-B, títulos do Tesouro Direto atrelados ao IPCA. No corporativo, destaque para a divulgação do balanço do quarto trimestre do Goldman Sachs.

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Texto: Mover
Edição: Stéfanie Rigamonti
Imagem: Mover