Ibovespa desacelera alta com exterior, à espera de coletiva de Biden

São Paulo, 22 de fevereiro – O Ibovespa reduz os ganhos na tarde desta terça-feira, seguindo o clima ruim no exterior, que opera à espera da coletiva de imprensa do presidente norte-americano, Joe Biden, sobre a tensão na Ucrânia.

Por volta das 16h, o Ibovespa registrava alta de 0,54%, aos 112.329 pontos, enquanto o índice futuro avançava 0,69%, aos 113.755 pontos. Na máxima, o índice atingiu 1,42%.

Quando medido em dólar, o Ibovespa é destaque internacionalmente. No mesmo horário, o EWZ, fundo de índice brasileiro negociado no exterior, subia 1,03%. Já o desempenho do EWZ versus o EEM, que mede o desempenho de ativos de países emergentes, subia 2,89%. Na comparação com os EUA, o EWZ versus o S&P500 avançava 2,53%.

Os mercados no exterior aguardam Biden se pronunciar sobre a crise no Leste Europeu e detalhar as sanções que os Estados Unidos irão impor à Rússia. A coletiva era esperada para as 15h no horário de Brasília, mas um correspondente da Casa Branca afirmou por redes sociais que a entrevista deve começar às 16h “‘ou depois disso”. Outros países do Ocidente já anunciaram pacotes preliminares de sanções à Rússia.

No mercado acionário dos Estados Unidos, Nasdaq 100 perdia 2,05%, seguido pelo Dow Jones, com recuo de 1,95%, e o S&P500, com queda de 1,73%.

Sobe e desde do Ibovespa

Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, a maior alta percentual era do papel ordinário da Cogna (COGN3), com avanço de mais de 6%, seguido pela ordinária do Grupo Soma (SOMA3), em alta também de mais de 6%.]

Na ponta oposta, a unit do Inter (BIDI11) apresentava a maior queda percentual, com retração próxima de 8%, após a divulgação de seus resultados financeiros do quarto trimestre de 2021, que não agradaram o mercado.

Vale destacar o desempenho das ações da Ambev (ABEV3), com forte peso no Ibovespa, com ganho de 1,80%, enquanto Vale (VALE3) avançava 0,76% e também possui grande participação no principal índice da B3.

Chamava atenção também o desempenho das empresas do setor de petróleo e gás no Brasil, que caíam na direção oposta de seus pares internacionais. A discussão em Brasília sobre uma proposta para reduzir preços de combustíveis poderá avançar amanhã no Congresso Nacional.

Texto: Eduardo Puccioni
Edição: Gabriela Guedes e Stéfanie Rigamonti
Imagem: Mover