Inflação do IGP-DI acelera para 3,87% em agosto com disparada do atacado
A Fundação Getulio Vargas divulgou hoje o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna, o IGP-DI de agosto, que apresentou alta de 3,87%.

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Atualizado há mais de 1 ano
A Fundação Getulio Vargas divulgou hoje o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna, o IGP-DI de agosto, que apresentou alta de 3,87% no mês. O indicador, que tem o objetivo de medir a inflação em toda a cadeia produtiva brasileira, apresentou forte aceleração em relação ao resultado de julho, de 2,34%, e ficou muito acima da projeção do mercado, de 2,8%. Com este resultado, o índice acumula uma alta de 11,13% no ano e de 15,23% em 12 meses.
Entre os componentes do índice, atacado varejo e construção civil, os preços ao produtor subiram 5,44% em agosto, enquanto os ao consumidor aumentaram 0,53% e os da construção, 0,72%. A alta da inflação no atacado representa um mau sinal, pois indica pressão sobre os preços ao consumidor no futuro.
André Braz, Coordenador dos Índices de Preços, afirma que o destaque nesta apuração do IGP cabe ao IPA – Índice de Preços ao Produtor Amplo. “A inflação ao produtor se espalhou pelos três grupos do indicador”, afirmou. Segundo ele, entre as matérias-primas brutas, a alta foi puxada pelo minério de ferro, com 17,11%. Entre os bens intermediários, os materiais para a manufatura aumentaram 3,91% e, entre os bens finais, os alimentos processados tiveram alta de 4,57%. Juntos esses itens responderam por 49% do resultado do IPA de agosto”.
Confira tabelas divulgadas no relatório.
O que é o IGP e como é calculado
O IGP-DI foi criado no final dos anos de 1940 para fazer uma medida abrangente do movimento dos preços da economia brasileira. Além das diferentes atividades, o IGP também considera as etapas distintas do processo produtivo. O índice é a média aritmética ponderada de três outros índices de preços: Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com 10%.
Os pesos de cada índice no IGP-DI e em outros IGPs correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais, o que resulta em: 60% para o IPA, 30% para o IPC e 10% para o INCC.
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