Juro sobe nos EUA e derruba bolsas; no radar, yields, Covid-19, petróleo: Espresso
As bolsas americanas fecharam em forte queda hoje, sob o impacto da alta dos juros de longo prazo nos EUA e movimento de ajuste

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Atualizado há cerca de 1 ano
São Paulo, 18 de março – As bolsas americanas fecharam em forte queda hoje, sob o impacto da alta dos juros de longo prazo nos Estados Unidos. Além disso, houve um movimento de ajuste depois dos recordes do dia anterior com as indicações do Federal Reserve de manutenção dos estímulos monetários mesmo com alta da inflação.
Rendimento do Treasury e dólar subiram, enquanto petróleo teve forte queda
Em um movimento de reavaliação da posição mais tolerante com a alta dos preços pelo banco central americano, os investidores venderam títulos do Tesouro. Isto fez o rendimento do Tesouro, ou Treasuries yield, de dez anos bater 1,75% ao ano, maior nível em 14 meses. No fim do dia, a taxa recuou para 1,715%, mas ainda pressionada e muito superior ao 1,0% do fim de 2020. Esse rendimento ficou 11 pontos-base acima do fechamento de ontem, de 1,64%.
A alta do dólar teve impacto nas commodities e estimulou uma forte queda do petróleo, a maior desde setembro. O tipo Brent, referência global, caiu 6,94%, para US$63,28 o barril. Enquanto isso, o americano WTI recuou 7,12%, para US$60,00. Problemas com a vacinação na Europa e alta nos dados semanais de estoques nos Estados Unidos incentivaram a queda, que é também uma realização depois da forte alta no ano, de mais de 20% mesmo após as baixas desta semana.
Novas restrições de atividades devem ser anunciadas amanhã
Novas medidas de restrição de atividade na tentativa de conter a propagação da Covid-19, como a antecipação de feriados na cidade de São Paulo, também podem ser anunciadas amanhã. O mercado brasileiro também seguirá ajustando suas posições depois da virada “hawkish” do BC ontem.
O aumento mais rápido que o esperado dos juros teve impacto positivo em ações de bancos e seguradoras, mas negativo nas ligadas ao comércio e serviços, como shoppings. A saída do presidente do Banco do Brasil, André Brandão, após defender medidas de ajuste no banco, também reacende os temores de interferência de Bolsonaro nas estatais.
Texto: TC Mover
Edição: Letícia Matsuura
Arte: TC Mover
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