Luna, UST, Bitcoin: Mais Lidas
A desvalorização de quase 100% da criptomoeda Luna e o colapso da stablecoin $UST foram os temas mais lidos na semana; no radar, Bitcoin

Atualizado há 3 dias
São Paulo, 14 de maio – A semana não foi nada boa para os ativos de risco, em especial os criptoativos. O Bitcoin seguiu uma tendência de queda que perdurou até quinta-feira, derretendo em meio ao temor dos investidores com a inflação alta nos Estados Unidos, e sendo afetado por desconfianças dos investidores com os ativos digitais, enquanto a Luna chegou a quase 100% de desvalorização.
A stablecoin $UST, que mantinha paridade ao dólar por meio de um sistema de algoritmos próprio envolvendo a criptomoeda Luna, ambos da rede Terra, passou a cair e perder o lastro na moeda após uma falha operacional, o que causou temor nos investidores. A volatilidade fez com que a Binance deslistasse a Luna e orientasse os usuários da plataforma a fechar suas ordens com o ativo em aberto.
O movimento atingiu outros ativos digitais, como o Bitcoin, e o assunto foi um dos que mais chamaram atenção dos leitores nesta semana. Confira mais detalhes sobre as notícias mais lidas no portal da Mover!
Luna e UST em colapso
Matéria da Mover sobre a criptomoeda Luna foi destaque na semana, isso porque a moeda digital chegou a perder mais de 99% do seu valor em um dia e deixou de ser negociada pela corretora de criptomoedas Binance.
A rede Terra, uma blockchain que engloba a Luna e a stablecoin $UST, mantinha a paridade da $UST ao dólar por meio de um sistema de algoritmos, em que, a cada nova unidade de $UST emitida, o valor da Luna caía em US$1.
Mas, após uma falha do protocolo da rede, a $UST passou a cair e perder o lastro no dólar, por isso seus apoiadores aumentaram a oferta de moedas Luna em circulação, movimento que causou grande impacto nas cotações dos dois ativos.
A Binance suspendeu os saques da Luna e da $UST na terça-feira, em meio à alta volatilidade dos ativos, causando o derretimento da criptomoeda.
De acordo com a Fitch Ratings, citando discursos vindos dos Estados Unidos e da União Europeia, a capitulação da $UST e a breve perda de paridade com o dólar da $USDT devem acelerar a regulamentação das stablecoins.
Perto das 17h da última sexta-feira, 13, a Luna era negociada a US$0,00012, uma desvalorização de 99,58% nas últimas 24 horas, segundo dados da Binance.
Vai e vem do Bitcoin
O Bitcoin também ficou no radar de investidores nesta semana. A criptomoeda começou a semana em baixa, na esteira do desempenho dos ativos de risco, estendendo as perdas dos dias anteriores com um recuo de cerca de 5%. O ativo chegou a atingir os US$31,1 mil na Coinbase.
Para André Franco, chefe de pesquisas da corretora Mercado Bitcoin, as perdas na maioria dos ativos de risco nesta semana foram resultado de receios quanto a um aperto monetário maior nos EUA pelo Federal Reserve, o banco central americano, e à possibilidade de novos aumentos na taxa básica de juros do país.
Na quinta-feira, a criptomoeda ampliou a tendência de queda, chegando abaixo dos US$30 mil, menor patamar desde dezembro de 2020, em meio à divulgação dos dados de inflação ao consumidor nos EUA acima do esperado. Em 12 meses, o índice atingiu 8,30%, uma desaceleração de 0,2 pontos percentuais ante março, mas ainda no patamar recorde de 40 anos.
Além disso, o pessimismo do mercado em relação às stablecoins, devido à perda de paridade ao dólar da $UST, também pesou sobre o preço da criptomoeda.
Na sexta-feira, contudo, o Bitcoin apagou as perdas do dia anterior, passando a subir mais de 8% logo pela manhã, seguindo o bom humor do mercado após o presidente do banco central americano, Jerome Powell, defender altas de meio ponto percentual na taxa básica de juros, trazendo expectativas de que o ritmo de elevação dos juros não aceleraria mais nos próximos meses.
Perto das 17h de sexta-feira, o Bitcoin subia 5,21% nas últimas 24 horas na Coinbase, cotado a US$30.023. Apesar da recuperação, o ativo acumula queda de mais de 31% no ano, e especialistas alertam que o momento ainda exige cautela.
Para Lucas Passarini, especialista do Mercado Bitcoin, a situação é incerta com indicadores de inflação e taxa de juros nos Estados Unidos pressionando todos os mercados. Para ele, ainda há risco de o Bitcoin fechar sete semanas seguidas em queda pela primeira vez na história.
Texto: Patrícia Vilas Boas, Nicolas Nogueira, Letícia Matsuura e Juliana Alves
Edição: Stéfanie Rigamonti
Imagem: Vinícius Martins / Mover
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