Petrobras segura reajuste de combustíveis em meio a crise na Ucrânia
O diretor de Comercialização da Petrobras disse hoje que a estatal vai continuar observando o mercado antes de decidir sobre aumentos

Atualizado há 3 meses
São Paulo, 24 de fevereiro – Apesar da disparada dos preços internacionais do petróleo diante da invasão da Ucrânia pela Rússia, o diretor de Comercialização da Petrobras, Claudio Mastella, disse nesta quinta-feira que a estatal ainda não tomou decisão sobre eventual reajuste nos preços dos combustíveis.
“Estamos em um momento difícil. O mercado já vinha com volatilidade alta, e os últimos eventos, de ontem e hoje, principalmente, geraram um pico de volatilidade e de extrema incerteza. Na verdade, precisamos continuar observando um bocadinho. Vamos continuar observando o mercado por mais algum tempo”, disse Mastella durante teleconferência de resultados trimestrais da Petrobras.
Questionado sobre a defasagem da gasolina e do diesel no país ante o mercado externo, Mastella disse que a valorização da moeda brasileira nas últimas semanas compensou a alta do petróleo e permitiu que a empresa não aplicasse reajustes. “Esses dois movimentos em contraposição permitiram à gente poder manter os preços”, justificou.
Os preços do petróleo tocaram US$105 na manhã de hoje, subindo quase 9%, diante do conflito entre Rússia e Ucrânia. Esses valores elevados poderiam abrir espaço para dividendos extras, disse o diretor financeiro da Petrobras, Rodrigo Araujo, que também participou da teleconferência.
“Obviamente, a depender do cenário de preços, tendo espaço para distribuição adicional, nosso entendimento é que é a melhor alocação”, completou.
Ainda no assunto dividendos, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, falou sobre a distribuição recorde realizada pela companhia após os resultados de 2021. Silva e Luna disse que a estatal continuará a gerar retorno à sociedade com os elevados proventos previstos para os próximos anos.
“Isso, obviamente, só é possível porque imprimimos racionalidade tanto a nosso plano estratégico quanto à nossa gestão financeira e operacional”, afirmou.
Ações da Braskem
A Petrobras segue comprometida em vender sua fatia na petroquímica, após ter desistido por ora de uma oferta de ações da empresa em conjunto com a Novonor devido ao “ambiente de mercado bastante desafiador”, disse Araujo.
“Os sócios seguem alinhados nos termos de saída. Mas hoje é difícil dar uma data”, afirmou, ao apontar que a Petrobras vai “avaliar o melhor momento de mercado” para a operação.
Texto: Luciano Costa
Edição: Maria Luiza Dourado e Stéfanie Rigamonti
Imagem: Vinicius Martins / Mover
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