Produção industrial recua pelo segundo mês consecutivo
Produção industrial teve o segundo recuo seguido em 2021, com aperto das medidas restritivas durante o mês de março. Confira!

Atualizado há cerca de 1 ano
São Paulo, 5 de maio – Com o aperto das medidas restritivas durante o mês de março, a produção industrial teve o segundo recuo seguido em 2021, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. Entretanto, o indicador veio melhor do que o consenso do TC.
Produção industrial tem alta de 10,50% no acumulado de 12 meses
Em março, o índice foi influenciado negativamente pela queda de 8,40% na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias. Com isso, a produção da indústria no mês caiu 2,40%, após retração de 1% em fevereiro. O consenso apontava queda de 3,50%.
Ainda sim, no acumulado de 12 meses, a produção tem alta de 10,50%, bem acima do consenso do TC, que estimava avanço de 7,60% no período.
Intensificação de medidas de combate à pandemia aprofundou recuo, segundo pesquisador
O gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo, explicou que o aprofundamento do recuo do setor industrial, em março, está relacionado à intensificação das medidas de combate à Covid-19.
Segundo ele, “os dois resultados negativos [da produção industrial] têm como pano de fundo o próprio recrudescimento da pandemia. Isso faz com que haja maior restrição das pessoas, o que provoca a interrupção das jornadas de trabalho, paralisações de plantas industriais e atrapalha toda a cadeia produtiva.”
André Macedo explicou também que, antes de fevereiro e março, o Brasil havia superado o nível pré-pandemia, em 3,50%. Mas, com as perdas registradas nos últimos dois meses, o país voltou para o nível pré-pandemia.
Produção industrial reflete resiliência do setor, afirmou economista
Para a economista-chefe do TC, Fernanda Mansano, o resultado da produção industrial reflete “maior resiliência do setor frente a outros setores, como o de serviços, com um resultado positivo na comparação interanual de 10,5% e crescimento de 4,4% no primeiro trimestre do ano”.
Ela acredita, ainda, que o indicador para os meses subsequentes continuará “refletindo os impactos das medidas de isolamento social”. Apesar disso, destaca que a expectativa para o mês de abril é de aumento em relação a março, “justificado por um aumento da demanda ao longo do ano”.
Texto: Guilherme Dogo
Edição: Lucia Boldrini e João Pedro Malar
Arte: Carlos Matos / TC Mover
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