Serviços avançam 1,4% em dezembro e atingem maior patamar desde 2015
Das cinco atividades de serviços monitoradas, quatro cresceram em dezembro, com destaque para os ganhos vindos de transportes

Atualizado há 3 meses
São Paulo, 10 de fevereiro – O volume de serviços de dezembro veio mais uma vez acima do consenso, alcançando o maior patamar desde agosto de 2015, segundo dados do Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística, justificando as preocupações com a inflação no setor demonstradas pelo Banco Central.
Em dezembro, os serviços avançaram 1,4% ante novembro, acima da expectativa do mercado de alta de 0,9%. Com isso, o setor ficou 6,6% acima do patamar pré-pandemia e está no maior nível desde agosto de 2015. Na comparação com dezembro de 2020, a alta foi de 10,4%, enquanto o mercado esperava alta de 9,1%. No acumulado de 2021, o setor fechou o ano com avanço de 10,9%.
Das cinco atividades monitoradas, quatro cresceram em dezembro, com destaque para os ganhos vindos de transportes, com 1,8%, e de serviços profissionais, administrativos e complementares, com 2,6%, ambos avançando pelo segundo mês consecutivo. A única taxa negativa foi dos serviços de informação e comunicação, com recuo de 0,2%, devolvendo uma pequena parcela do ganho obtido em novembro.
“Nos primeiros meses de 2020, o setor de serviços foi duramente afetado pelo isolamento social e o fechamento dos estabelecimentos que prestavam serviços de caráter presencial. Por outro lado, a pandemia trouxe oportunidades para serviços voltados às empresas, como os de tecnologia da informação, transporte de cargas, armazenagem, logística de transporte e serviços financeiros auxiliares”, explicou o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo.
Produto Interno Bruto
O dado traz perspectivas mais positivas para o PIB do quarto trimestre, uma vez que o setor de serviços representa 60% do cálculo, mas também preocupa pela inflação. Ontem, em entrevista ao banco Modalmais, o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra, disse que o setor de serviços era uma das maiores preocupações dos diretores da autarquia para o prolongamento do cenário inflacionário.
Nessa direção, a curva de juros iniciou o pregão em alta, com avanço de três pontos-base em todos os contratos. O dólar futuro recua levemente, em 0,13%, cotado a R$5,254.
Texto: Eduardo Puccioni
Edição: Guilherme Dogo
Imagem: Vinicius Martins / Mover
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