Yellen anima mercados com papo dócil; semana intensa precede feriados: Espresso
Janet Yellen disse que os EUA podem retornar ao pleno emprego em 2022, se promulgar um pacote de estímulo, o que animou os mercados globais

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Atualizado há mais de 1 ano
São Paulo, 8 de fevereiro – Em entrevista ontem a um programa da rede CNN, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse que o país pode retornar ao pleno emprego no ano que vem, se promulgar um pacote de estímulo ao coronavírus robusto o suficiente, mas, de outra forma, corre o risco de uma recuperação mais lenta.
Para Yellen, os trabalhadores de baixa renda, as minorias e as mulheres são os que mais sofrem e podem enfrentar prejuízos permanentes caso a retomada demore mais tempo. Sem o suporte adequado, o pleno emprego só deverá voltar até 2025.
Logicamente, o dólar avança ante a maioria das moedas pares no início desta segunda-feira, com os comentários de Yellen propulsionando os temores de inflação.
Os rendimentos dos Treasuries americanos de dez e 30 anos atingem a máxima desde meados de fevereiro do ano passado, enquanto a medida mais usada para a inflação implícita no mercado de títulos dos Estados Unidos sobe no ritmo mais intenso em seis anos.
As commodities minerais e de atividade avançam, com o minério se recuperando e o fundo de índices de commodities COMT disparando mais de 1%.
Bolsas globais batem maior patamar em 30 anos após comentário de Yellen
O petróleo Brent supera os US$60 o barril pela primeira vez em mais de um ano. As bolsas globais atingem hoje mais um recorde, após os comentários de Yellen. Por exemplo, no Japão, o índice Topix atingiu o maior patamar em 30 anos na madrugada de hoje, na esteira dos comentários de Yellen, a queda nas infecções por coronavírus ao redor do mundo e nos rumores de que o governo do país pode relaxar algumas das restrições à mobilidade causadas pela nova onda de casos do SARS-CoV-2.
Já os futuros dos índices acionários americanos mostram desempenho modesto, porém o forte suficiente para apontar a uma abertura no topo histórico. Com os dados frouxos de emprego nos Estados Unidos da semana passada, crescem as expectativas de que o presidente Joe Biden consiga aprovação no Congresso do seu gigantesco programa de estímulo econômico de US$1,9 trilhão.
Isso não impede que políticos da oposição e economistas proeminentes questionem se o tamanho do pacote não aumenta o risco de inflação acelerada, assim como de endividamento pior. Essa onda de apetite por risco deve permear o sentimento do investidor na B3.
Texto: TC Mover
Edição: Letícia Matsuura
Arte: TC Mover
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