Calendário e modelo de votação na Câmara favorecem Lira

Brasília, 18 de janeiro – A votação presencial no dia 1° de fevereiro para a presidência da Câmara, conforme anunciada hoje pela Mesa Diretora, é uma vitória do deputado Arthur Lira, que disputa a sucessão de Rodrigo Maia com apoio da base do governo. A avaliação é de uma fonte da TC Mover que acompanha as articulações.
O formato estabelecido também permite maior interlocução do governo com congressistas em prol do nome apoiado pelo Planalto, de acordo com quem ouvimos, e a tendência favorável a Lira, nas contas da Eurasia Group e do Placar do Estado de S. Paulo, deve dar mais fôlego ao homem-forte do Centrão, faltando cerca de 15 dias para o pleito.
Lira e Rossi falam novamente sobre alternativas para auxílio durante pandemia
Em entrevista à Reuters, Lira defendeu a análise de um programa alternativo para pessoas que ficaram sem renda na pandemia, mas após a votação do Orçamento de 2021 e da Proposta de Emenda à Constituição Emergencial, a PEC Emergencial. Em entrevista exclusiva à TC Mover, Lira disse que, além da PEC, as Reformas Tributária e Administrativa serão priorizadas.
Já o adversário dele, Baleia Rossi, voltou a dizer nas redes sociais que é preciso discutir saídas para o fim do coronavoucher com equilíbrio fiscal. Porém, além de pautar a prorrogação do auxílio, Rossi prometeu conter as privatizações, segundo Enio Verri, líder do Partido dos Trabalhadores, PT, em entrevista à consultoria Arko Advice.
Rodrigo Maia admite derrota após escolha do formato de votação
Em coletiva depois do anúncio da Mesa, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia reconheceu que perdeu a queda de braço, pois queria que parlamentares dos grupos de risco para Covid-19 pudessem votar remotamente e que a eleição fosse no dia 2, para não coincidir com a do Senado, que ainda não decidiu quando e como fará a escolha do sucessor de Davi Alcolumbre.
Já Lira argumentava a favor da data definida e pela obrigatoriedade de presença dos deputados. A campanha de Lira aposta em dissidências na candidatura adversária e que a votação presencial dificultará a pressão de presidentes de legendas e de governadores sobre as bancadas.
Texto: Leopoldo Vieira
Edição: Kariny Leal e João Pedro Malar
Imagem: TC Mover

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