Governo lança plano de vacinação sem prazos; Pazuello vê início em fevereiro

São Paulo, 16 de dezembro – O governo federal apresentou hoje o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19. O documento é dividido em “eixos prioritários”, que incluem definição da população-alvo para vacinação, vacinas, operacionalização para vacinação e até estudos pós-marketing, de comunicação e sistemas de informação, por exemplo.
Segundo o texto, cerca de 350 milhões de doses estão sendo negociadas para 2021. Embora o documento não estime uma data para o começo da vacinação, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou durante a coletiva de imprensa sobre o lançamento do plano, que a campanha pode iniciar em meados de fevereiro de 2021, a depender do aval da Anvisa.
Governo está negociando vacinas da Sinovac, Oxford e Pfizer
O plano esclarece que o governo está negociando a compra da Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, e apresenta quatro fases de vacinação de grupos prioritários.
O governo estima a imunização de 51 milhões brasileiros nesta primeira etapa, em que doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a AstraZeneca, que será fabricada pela Fiocruz, serão priorizadas, enquanto a vacina da Pfizer deve ser aplicada em profissionais de saúde de capitais e regiões metropolitanas. O documento estima que o país pode receber 2 milhões de doses da Pfizer no primeiro trimestre de 2021.
Vacinação não será obrigatória, segundo Pazzuelo
Durante coletiva, mais cedo, o ministro Pazuello disse que a autorização, ou termo que deve ser assinado pelo paciente a ser imunizado, não serve para a campanha nacional de vacinação, mas será “limitada a grupos específicos” apenas durante vacinação emergencial.
O ministro afirmou também que “não haverá obrigatoriedade, por parte do governo federal, em hipótese alguma” sobre a vacinação, embora disse estar fazendo “campanha forte” para conscientizar os brasileiros de tal importância.
Ministério da saúde pode comprar 331 milhões insumos para vacinação
Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde abriu uma licitação para “possível e futura aquisição” de 331 milhões de seringas e agulhas. Apesar de não ter detalhado a informação no edital publicado no Diário Oficial da União, os insumos devem ser usados na campanha de vacinação contra a Covid-19.
Ao Estadão, a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios, Abimo, disse estimar que a indústria nacional precise de ao menos sete meses para fabricar essa quantidade de seringas.
Texto: Melina Flynn
Edição: Angelo Pavini e Letícia Matsuura
Imagem: TC Mover

Ricardo Barros vê privatização dos Correios, MP da Eletrobras perto de análise
MP da Eletrobras estará pronta para ser votada em poucos dias, disse o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros. Confira!

Balanço corporativo guia exterior negativo; no radar, acordo do Orçamento antes do feriado: Espresso
Sem indicadores decisivos nos EUA, o dia, que começa com volatilidade no exterior, deve ser guiado pelo balanço corporativo. Confira!

Calendário Econômico: IPO, leilão, balanços
O Calendário Econômico desta terça-feira destaca precificações de IPOs, leilão do Tesouro Nacional e balanços corporativos nos EUA. Confira!