Lira defende discussão sobre auxílio acompanhada de reformas e consistência fiscal

Brasília, 21 de janeiro – O deputado Arthur Lira, que disputa a presidência da Câmara, disse na tarde desta quinta-feira, no Twitter, que qualquer discussão sobre um eventual auxílio emergencial adicional deve ser feita de forma responsável e acompanhada do aprofundamento de reformas que viabilizem a consistência fiscal de médio e longo prazos.
Fala de Lira busca acalmar os mercados
A manifestação do parlamentar visou acalmar os mercados, que reagiram com preocupação à fala de Lira em evento em São Paulo, em que defendeu que, se houver nova edição do auxílio, ela deverá ser desenhada de forma que o mercado financeiro possa “suportar”.
Na ocasião, mais cedo, Lira afirmou ainda não ter conversado com o presidente Jair Bolsonaro ou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o assunto, mas que se for eleito vai imediatamente instalar a Comissão de Orçamento para discutir a proposta orçamentária deste ano e, em seguida, a Proposta de Emenda à Constituição Emergencial, a PEC Emergencial.
Lira já se comprometeu a realizar reformas
Além dos posicionamentos nesta quinta-feira, Lira já tinha se comprometido, em entrevista exclusiva à TC Mover, a priorizar a PEC emergencial e a realizar as Reformas Tributária e Administrativa, respeitando o Teto de Gastos.
Favorito na disputa do Senado defende prorrogação do auxílio
O senador Rodrigo Pacheco, favorito para a sucessão de Davi Alcolumbre na presidência do Senado, disse, no mesmo dia da manifestação de Lira, que é favorável à manutenção de algum tipo de socorro para a população mais pobre.
A eleição para a Câmara, disputada principalmente por Lira e Baleia Rossi, ocorrerá no dia 1º de fevereiro. A data para o pleito no Senado, centrado na disputa entre Pacheco e Simone Tebet, ainda não foi divulgada.
Ibovespa cai, enquanto DIs e dólar futuro sobem
Os juros futuros, DIs, ampliaram as altas para até 15 pontos-base, com as defesas de Lira e Pacheco do auxílio emergencial. O dólar futuro, que chegou a cair 1,12% com o efeito do Comitê de Política Monetária, virou e subia 1,30% a R$5,361 perto das 16h12.
As falas de Pacheco e Lira contribuíram também para o avanço dos DIs longos, que abriram em queda com a expectativa de uma taxa básica de juros, a taxa Selic, mais elevada antes do esperado, a maior oferta de NTN-Fs no leilão do Tesouro de hoje. O Ibovespa, que subiu 0,50% pela manhã, recuava 0,60% a 118,90 pontos.
Texto: Leopoldo Vieira
Edição: Kariny Leal e João Pedro Malar
Arte: TC Mover

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