Temas de alto risco fiscal passam a dominar disputa pela Câmara

São Paulo, 8 de janeiro – Os temas de alto risco fiscal começaram a dominar a pauta dos candidatos que disputam a presidência da Câmara. O postulante apoiado pelo governo, deputado Arthur Lira, chamou de “demagogia e irresponsabilidade” a proposta de convocação extraordinária do Congresso para votar medidas urgentes, que foi defendida pelo seu adversário Baleia Rossi, do bloco de oposição ao Planalto e apoiado pelo atual presidente da Casa, Rodrigo Maia.
Mais cedo, Rossi disse no Twitter que trabalhava pela convocação dos congressistas junto com líderes e Maia. Na quarta, o deputado defendeu que a pandemia não acabou e que poderia pautar a prorrogação do auxílio emergencial ou de um projeto que amplie o Bolsa Família, compromisso que o emedebista assumiu com partidos de esquerda para se tornar o favorito da disputa, com cerca de 278 votos.
Centrão quer priorizar PEC Emergencial e reformas, diz Ramos
Também no Twitter, o deputado Marcelo Ramos divulgou trecho do discurso de Lira contra a ideia, feito para correligionários em Cuiabá, onde cumpre agenda de campanha. Ele disse que o líder do Centrão reafirmou seu compromisso em priorizar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição Emergencial, PEC Emergencial, e, ato contínuo, as reformas Administrativa e Tributária.
Em seguida, Rossi voltou à rede social para afirmar que qualquer discussão sobre o auxílio emergencial passa, necessariamente, pelo cuidado com as contas públicas e pela responsabilidade fiscal.
O senador Alessandro Vieira tem recolhido assinaturas no Senado, em linha com Rossi, tendo como sugestão de pauta exatamente estado de calamidade e auxílio, além do processo nacional de imunização contra Covid-19.
Pandemia torna cenário político mais delicado
A reação do candidato governista aponta que haverá resistência da base aliada e do Planalto à convocação. No entanto, o que deixa o cenário um pouco mais delicado é o fato de serem matérias que tratam da pandemia, segundo uma fonte da TC Mover que acompanha a crise.
É possível, porém, que o movimento busque apenas constranger o governo com o tema da imunização, devido às posições do presidente Jair Bolsonaro sobre a obrigatoriedade da vacina e atrasos no plano nacional do Ministério da Saúde. De acordo com a fonte, pode sim haver engajamento dos congressistas em torno deste ponto de pauta.
Texto: Leopoldo Vieira
Edição: Kariny Leal e Letícia Matsuura
Imagem: TC Mover

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