Os fundos de investimento têm se tornado um polo de interesse para a pessoa física que, por um lado, deseja sair da poupança, mas está na busca por uma alternativa segura, mais diversificada e mais rentável de investimentos – sem ter que se preocupar em administrá-la.
Além de te dar acesso a diversos ativos em uma única carteira, os fundos de investimento te oferecem uma estrutura formal, com profissionais qualificados que sabem gerir os investimentos com base em vários pilares: retorno, liquidez e risco.
Antes de investir, eu vou te explicar o funcionamento de um fundo de investimento e como escolher os melhores para você.
1) O que é um fundo de investimento?
Eu o defino como um condomínio de investidores alinhados em uma mesma tese de investimento, e que são regulados pela CVM – se são gestoras – ou pela SUSEP – que supervisiona os fundos de previdência privada.
2) Como funciona o setor?
A indústria de fundos como um todo, possuía, no começo de 2019, um total de R$4,8 trilhões em ativos sob administração. Os grandes conglomerados financeiros, chamem-se bancos comerciais múltiplos, gerem 75% deste montante, sendo o restante distribuídos entre aproximadamente 560 gestores independentes, que ano após ano, vem aumentando sua fatia de mercado.
3) Como investir?
Hoje em dia, com o advento das plataformas digitais, investir em produtos de qualidade se tornou uma tarefa bastante simples e democrática. Basta escolher um fundo, e através destas plataformas você acessa diretamente produtos que, antigamente, só estariam disponíveis para grandes investidores, os chamados qualificados.
Existem também ferramentas gratuitas para que os investidores consigam comparar e analisar os melhores fundos.
4) Quais os tipos de fundos?
Vamos começar pelos mais comuns
– Renda fixa: estratégias e carteiras que investem primordialmente em títulos públicos e títulos de dívida de empresas; eles representam, no começo de 2019, perto de 43% dos ativos sob gestão da indústria.
– Ações: os fundos de ações são destinados a investidores que buscam uma apreciação substancial do capital, através do investimento em companhias abertas listadas em bolsa. Esses fundos representavam pouco mais de 7% da indústria, no começo de 2019.
– Multimercados: esses fundos tem a liberdade de investir em uma diversidade de ativos, como juros, moedas, ações, commodities, dentre outros. Muitas vezes, buscam distorções nas curvas de juros, assim como arbitragens – ou a possibilidade de lucrar com divergências nos preços de ativos similares – entre moedas e países. Nop começo de 2019, eles representavam 21% da indústria.
– Fundos imobiliários: esses fundos são recomendados para investidores que buscam uma renda recorrente periódica. Existe uma diversidade de projetos que em estes fundos podem atuar, como desenvolvimento de shoppings, edifícios comerciais e residenciais, condomínios horizontais, dentre outros.
– Fundos de Previdência: eles objetivam a geração de renda para a aposentadoria do investidor e representavam, no começo de 2019, pouco mais de 17% da indústria.
Fundos cambiais: eles são recomendados para a proteção do capital em moeda forte. Concentram pouco menos de 1% do total em recursos sob gestão no setor.
Fundos de diretos creditícios, ou FDICs: esses fundos investem basicamente em direitos creditórios das empresas como antecipação de duplicatas, parcelas de cartão de créditos e duplicatas. Seu peso não chega a mais de 3% da indústria.
Fundos de Venture Capital: objetivam o investimento em empresas ainda em fase de desenvolvimento em que seus negócios, embora promissores, ainda não maturaram.
Fundos de Participações: são conhecidos como fundos de Private Equity, e buscam empresas já maduras de médio e grande porte, com alto potencial de valorização. O foco da sua estratégia é fazer uma reviravolta administrativa no companhia em que investem, assim como consolidar aquisições em setores específicos.
Fundos Off Shore: são fundos para fazer investimentos fora do país, podendo estes serem em diversas modalidades.
Fundos de Infraestrutura: essa estratégia busca projetos promissores na área de infraestrutura, como geração de energia eólica, elétrica ou solar, assim como projetos para portos e estradas.
Até a próxima!