Já passou por apertos na hora de simular uma conta, um financiamento ou um investimento? Ficou sem saber o que fazer para ter as contas certinhas? Poderia dizer que seus problemas acabaram e oferecer um produto das Organizações Tabajara, mas não vou fazer essa maldade. Mas, de fato, seus problemas acabaram.
Se ainda não conhece, corre para conhecer a Calculadora do Cidadão, um produto do Banco Central que está disponível para todos os brasileiros. Hoje você vai entender como pode usá-la. Neste texto, você vai encontrar:
- O que é a calculadora do cidadão
- Possibilidades
- Correção de valores
- Financiamento com prestações fixas
- Aplicação com depósitos regulares
- Valor futuro de um capital
Boa leitura!
O que é a calculadora do cidadão
A Calculadora do Cidadão está disponibilizada no site do Banco Central de maneira gratuita. Qualquer pessoa pode fazer o teste e as simulações. Além disso, a Calculadora do Cidadão também está disponível nas lojas de aplicativos para Android e iOS. A ideia é permitir e facilitar contas com juros compostos.
Nesse sentido, para fazer as simulações, só é preciso adicionar as taxas e valores correspondentes. Inclusive, os conceitos financeiros são explicados para que o acesso seja ainda mais democrático. Mas há um detalhe importante a se observar.
A Calculadora do Cidadão não considera taxas, custos, impostos etc. Sejam eles da instituição financeira onde será realizada a operação, sejam eles de outras fontes. Por isso, é importante ter essa noção para não fazer confusão com os números.
Use-a para ter noção e conhecimento como uma base para decisão, mas saiba que outros custos devem ser levados em consideração.

Figura 1: Site do Banco Central do Brasil
Possibilidades
Com a Calculadora do Cidadão é possível calcular:
- Correção de valores
- Financiamento com prestações fixas
- Aplicações com depósitos regulares
- Valor futuro de capital.
Vamos lá entender melhor como funciona cada um deles?
Correção de valores

Figura 2: Site do Banco Central do Brasil
Neste campo é possível simular a atualização pela Taxa Referencial, Índice de Preços (IGP-M e IPCA, por exemplo), Caderneta de Poupança, Selic e CDI. Sendo assim, tem uma utilidade importante para que você saiba o valor corrigido ao longo do tempo.
Por exemplo, quanto seriam R$ 100 de 1995 corrigidos pela inflação? Para ter o resultado, baste inserir os dados nos campos respectivos.

Figura 3: Site do Banco Central do Brasil

Figura 4: Site do Banco Central do Brasil
Financiamento com prestações fixas
Outra utilidade interessante da Calculadora do Cidadão é a de avaliar o financiamento com prestações fixas. Nele dá para, por exemplo, descobrir a taxa de juros de determinada compra. Para imóveis, corresponde exatamente aos financiamentos da Tabela Price, o sistema francês de amortização.
A lógica do uso é a mesma. Basta inserir os dados que o resultado é fornecido. O que pode ser encontrado?
- Valor total do pagamento
- Prestação
- Taxa de juros
- Quantidade de parcelas

Figura 5: Site do Banco Central do Brasil
Os dois pontos acima talvez sejam os usos mais diferenciados da Calculadora do Cidadão. Mas é possível utilizá-la para mais duas opções, estas com uma variedade maior de alternativas. São: aplicação com depósitos regulares e valor futuro de um capital. Nesse sentido, nos dois casos, até mesmo sites de corretoras podem fazer essas simulações. Mas vamos as possibilidades.
Aplicação com depósitos regulares
Nesta seção, é possível calcular o rendimento de uma aplicação financeira ao longo do tempo. Como o nome diz, é utilizada para quando houver depósito constante. Os itens necessários para o cálculo são pelo menos três destes:
- Número de meses
- Taxa mensal de juros
- Valor do depósito regular ou
- Valor obtido ao final.

Figura 6: Site do Banco Central do Brasil
Valor futuro de um capital
Neste caso, você tem como projetar o valor de um capital que invista na data de hoje. Da mesma forma que o item anterior, é preciso informar ao menos três dos campos pedidos. São eles:
- Número de meses
- Taxa mensal de juros
- Capital atual ou
- Valor obtido ao final

Figura 7: Site do Banco Central do Brasil
Portanto, agora que você conhece a Calculadora do Cidadão, utilize-a a seu favor. Confira também outros textos sobre educação financeira disponíveis no TC School.
- Entenda a diferença entre juros simples e compostos
- Cuidado com a armadilha dos juros do cheque especial
- Qual a diferença entre taxa de juros e Custo Efetivo Total (CET)

Jornalista
Planejador financeiro associado à Planejar