Se você já investiu ou pretende investir em renda fixa, você irá se deparar com a seguinte situação, uma enorme gama de investimentos, tipos de rentabilidade e a dúvida de qual escolher.
Este artigo buscará explicar como funcionam os tipos de rentabilidade em renda fixa e como escolher entre eles.
Os investimentos em renda fixa possuem os seguintes tipos de rentabilidade:
Prefixado:
A taxa de rentabilidade já é conhecida no início do investimento e o investidor já sabe o quanto retornará quando o investimento acabar. Por isto, é considerado o tipo de rentabilidade mais simples de entender e muitos investidores acabam escolhendo este investimento por este fato.
Exemplo de rentabilidade: um investimento com duração de 1 ano e taxa prefixada de 10% ao ano. Se for feito um investimento de R$1.000 sabemos que após 1 ano retornará R$1.100.
Pós-Fixado:
A rentabilidade desde tipo de investimento é determinada por alguma variável que só será conhecida ao final do investimento. O exemplo mais comum de variável que se comporta desta maneira é a inflação. Você não sabe qual será a inflação do ano seguinte. Outro exemplo, em que está concentrado a maioria dos investimentos de renda fixa é o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). O CDI representa a taxa média em que os bancos emprestam dinheiro para outros bancos. O CDI acompanha de perto a famosa taxa Selic.
Exemplo de rentabilidade: investimento com aplicação de R$ 1.000, duração de 1 ano e taxa pós-fixada de 110% do CDI. Suponhamos que o CDI no final do período tenha sido de 10%. O investimento renderia 11,05% (110% do CDI) e o patrimônio seria de R$1.110.
Híbrido:
A rentabilidade híbrida é aquela que mistura as duas rentabilidades anteriores, prefixada e pós-fixada. Um exemplo clássico de investimento deste tipo é o “Tesouro Direto IPCA+”. O tesouro IPCA+ rende a inflação mais uma taxa pré-acordada no início do investimento. O grande benefício deste título é a proteção contra a inflação em caso de inflação descontrolada. Outras formas de rendimento híbrido podem ser: CDI + taxa prefixada, IGP-M + taxa pré, entre outros.
Exemplo de rentabilidade: investimento tesouro direto IPCA+ que rende inflação mais a taxa prefixada de 5%. Investiu-se R$1.000 durante 1 ano. Neste ano a inflação foi de 4%. O resultado do investimento seria de 9,20% e o patrimônio total de R$ 1.092,00.
(Obs.: Como no Brasil os juros são compostos, é necessário multiplicar uma taxa pelo outra e não apenas somar)
Se as rentabilidades dos investimentos são diferentes, como compara-los?
A maneira mais eficaz de escolher entre diferentes tipos de investimentos é simular cenários e verificar qual investimento teria a melhor performance. Vamos a um exemplo prático:
Imagine que você possua 3 opções de investimentos com o mesmo prazo de 1 ano:
Investimento 1: prefixado com taxa de 10% ao ano
Investimento 2: pós-fixado com taxa de 110% do CDI
Investimento 3: híbrido com taxa de inflação + 6% ao ano
Com os investimentos definidos, é preciso definir qual a estimativa das taxas pós fixadas, neste caso, CDI e inflação. Caso você não possua estimativas próprias, é possível consultar a estimativa de mercado na pesquisa FOCUS do Banco Central.
Nesta suposição iremos estimar que o CDI fosse 9,5% e a inflação de 4%.
Com isso a rentabilidade dos investimentos seriam as seguintes:
Investimento 1 prefixado: 10,00%
Investimento 2 pós-fixado: 10,50%
Investimento 3 híbrido: 10,24%
Neste cenário o investimento mais vantajoso seria o investimento 2.
Uma forma de aprimorar esta simulação é criar diferentes cenários para os indicadores e verificar qual investimento se comportaria melhor.